TÔ LIGADO - MORTES VIOLENTAS

O jovem Matheus solicita uma abordagem sobre o que ocorre com o espirito após o desencarne por morte violenta. Essa indagação surgiu após ele assistir uma palestra minha no You tube sobre suicídio. Na abordagem, ele escutou que uma enfermidade longa e dolorosa como um câncer, por exemplo, o espirito era trabalhado, facilitando seu despreendimento, ao contrário do suicida que, em geral, se expulsa do corpo embora mantenha com ele laços intensos através do fluido vital, o que ocasionária o suicida sentir, inclusive, a decomposição do corpo em muitos casos.

A questão dos que morrem por morte violenta, no que diz respeito ao desligamento fluídico - magnético se assemelha ao caso anterior, ou seja, dos suicidas, no que toca à ruptura dos laços. Não que os que morrem violentamente passem pelo que ocorre aos suicidas em geral mas no que tange à perturbação após a morte. Em o Livro dos Espiritos é colocado que a desencarnação produz uma espécie de perturbação, de torpor, que é mais ou menos acentuado de acordo com o grau de desmaterialização do espirito que deixa aquele corpo. Essa perrturbação, Matheus, pode ser de minutos ou séculos. Depende das conquistas morais da alma. Quando a pessoa está agonizante em um hospital, por exemplo, há meses, de alguma maneira esse sofrimento já o vai condicionando à possibilidade da morte e, quer queira ou não, perpassa em sua mente essa possibilidade. Alem do mais, a doença mais ou menos prolongada age como um dreno, filtrando energias mais vigorosas e "prepara", se assim podemos colocar, a criatura para a passagem. Claro que estamos definindo isso à grosso modo. Tem variações de espirito à espirito. O desenlace violento, ao contrário, não oferece tempo para a mente da pessoa se organizar na direção do desencarne. Tendo plena vitalidade e sem esperar a morte, havemos de convir que a perturbação, em geral, deverá ser um tanto vigorosa. Muitos nem sabem que desencarnaram tal o nível dos laços que os prendem à matéria.

Em qualquer situação, porem, seja em uma doença prolongada ou ante a possibilidade de desencarne inesperado, importante a alma serena, a mente confiante e os valores espirituais cultivados na prática do bem para que nosso desenlace se dê, o máximo possível, em bases de lucidez e amparo de forças superiores da vida.