UM NOVO OLHAR SOBRE O MEIO AMBIENTE

O Brasil foi palco da Rio + 20, encontro que teve como objetivo discutir os caminhos para o desenvolvimento sustentável, analisando, entre outras coisas, a influencia da ação do ser humano nos processos do desequilíbrio nos fenômenos da natureza. Esse despertar das pessoas quanto a termos uma relação mias harmoniosa tambem faz parte do movimento de transformação que vivenciamos. Como em todos os campos desse despertar, no entanto, ainda teremos material para refletir sobre possíveis exageros que venhamos a cometer quanto a análise dos acontecimentos e naturais reajustes nas abordagens.

Creio devamos ter muito cuidado com abordagens catastrofistas, geradoras de pânico e inquietação, as vezes sem maiores fundamentações científicas ou que se tenha dúvidas sobre determinadas abordagens. Que devemos melhorar nossa relação com a natureza, é óbvio. Que devemos preservar nossas florestas e animais, sem dúvida. Que precisamos ter bom senso quanto a utilização dos recursos naturais, está mais do que claro.Agora, penso que tambem precisamos rever algumas idéias que me parecem ainda destituídas de consistencia, tanto científica, quanto ao bom senso.

James Lovelook, o cientista que popularizou a idéia de Gaia, a Terra como um organismo vivo, foi o grande iniciador da concepção de que estávamos caminhando para uma catástrofe eminente face |à destruição da natureza pelo homem. Outros surgiram e teve-se início à propagação do efeito estufa: a Terra estaria vendo aumentar sua temperatura assustadoramente graças a intervenção do ser humano na natureza, sobretudo, devido a emissão de CO2 ( gás carbônico). Durante cerca de duas décadas, o frisson foi enorme e muita gente despreparada para analisar as coisas, ficou temerosa. Pois bem, eis que, de alguns anos para cá, vozes tambem científicas iniciaram a ser ouvidas contestando, pelo menos em parte, as conclusões "absolutas" sobre o efeito estufa e a ação do homem nessa questão, nos parâmetros que até então se falava. O próprio Lovelook tem dado entrevista  reconhecendo que havia se equivocado há mais de trinta anos atrás, quando dera início ao movimento que ganhou força em todo o planeta referente à destruição da civilização e ao efeito estufa. Passados todos esses anos, o cientista de GAIA reconheceu que muitos dos dados que ele havia lançado não se concretizaram, ao contrário, os números referentes ao clima atestam ciclos naturais de aquecimento e resfriamento periódicos. E que a temperatura no planeta, conquanto tenha-se elevado, estaria dentro da normalidade ciclica. Nos últimos dez anos, não houve nada fora da curva histórica que o pneta tenha vivido, mesmo antes do surgimento das indústrias.

Segundo o crescente número de cientistas que questionam o aquecimento global e, por extensão, o desabamento da civilização, todos os estudos indicam que a influencia do homem tem sido muito inferior à outros elementos da própria natureza. Inclusive, algumas regiões do planeta tem vivenciado temperaturas muito mais frias do que nos últimos tempos. O que tambem não quer dizer que estamos vivendo um resfriamento global. Tenho lido entrevistas com pesquisadores de vários campos do conhecimento enfatizando que, até mesmo a abordagem sobre o CO2 sofre de carencia de conhecimento. A presença deste é fundamental para o próprio equilíbrio da vida e para o metabolismo da natureza. Claro, tudo com o máximo de equilíbrio que a natureza sabe preservar.

Quando passei a estudar essas informações, comecei a refletir em um dado que, até então, eu não tinha prestado a devida atenção: a participação dos espiritos superiores em possíveis abordagens quanto a ameaça do desaparecimento da civilização devido ao efeito estufa, com a subida do nível do mar destruindo cidades inteiras e tornando irrespirável a vida na Terra. Ora, sempre percebi que o mundo invisível nunca deixou de abordar temas relevantes para o avanço da sociedade planetária. Conquanto tal tema inqietasse a humanidade, não conheço abordagem feita de maneira consistente pelo Alto sobre a questão. Por que ? Se a vida na Terra estava ameaçada dessa maneira, graças a ação dos homens, não seria mais que clara, várias tratativas dos bons espiritos à respeito ? O que temos a respeito é uma obra publicada pelo jornalista André Trigueiro, nosso irmão de ideal, e cuja linha de abordagem não tive ainda o prazer de ler ( mas o farei em breve ). É muito pouco para tema tão impactante, não acham ?

Recordo-me que, quando fiz uma primeira aboredagem sobre espiritismo e ecologia, esperava que me sentisse estimulado a ir na mesma linha do que lemos e assistimos na grande mídia, hegemônicamente. Ao contrário, percebendo apresença dos amigos espirituais, eles me levavam a abordar a contribuição do ser humano agredindo a natureza com suas explosões de ódio, de mágoa, de ressentimento, na construção de pensamentos destrutivos, irradiando forças deletérias para o planeta. Claro que foi, sempre, enfatizado que deveríamos ter uma relação harmônica para com a casa planetária que nos abriga  para o aprendizado evolutivo. Nenhuma abordagem na mesma direção perigosa e catastrófica do habitual. E me perdoem se passo a impressão de querer utilizar minha pessoa como parâmetro da coisa. Tenho noção de minha pequenez. Apenas cito isto depois de verificar que não vejo o mesmo através de companheiros dos mais respeitáveis na seara mediúnica. Os espiritos abordam transplante de órgãos, aborto, eutanásia, suicídio, etc, com certo tom enfático. por que quanto às previsões climáticas, nada? Me perdoem se estou enganado. Pode ser que eu não tenha visto nada a respeito. Me informem, sim ?

Enfim, sempre é boa a discussão sobre nossa relação com a natureza. Inclusive, contribuiu para muita gente olhar para essa questão. Novas tecnologias surgiram para melhorar nossa relação com ela. O agronegócio vem conseguindo produzir mais sem precisar de mais espaço. Investiu-se em energia limpa, abrindo caminhos para uma menor dependencia dos combustíveis fósseis, alem de se questionar o ímpeto consumista de nossa sociedade que cria falsas necessidades para si. Tenhamos, porem, um novo olhar sobre a questão do meio ambiente. Com mais serenidade e menos catastrofismo, poderemos encontrar novos caminhos em que o progresso material não invalide a harmonia com a natureza e que haja espaço para o progresso espiritual, entendendo que permaneceremos alterando o planeta, vivendo com ele e auxiliando a ele, a partir de nossa melhoria moral. Aliás, esse é o mais amplo caminho para evitarmos a ação mais drástica do ser humano sobre o ambiente onde evoluímos presentemente : uma terrível guerra nuclear, essa sim, capaz de produzir um efeito de proporções inimagináveis. Mas creio, concluindo com minha linha otimista ( e realista ) que isto não ocorrerá. Oremos e trabalhemos com esse sentimento, pedindo aos céus que permaneça iluminando os líderes dos países, a fim de que desapareça, da face do querido planeta, o pensamento da utilização de artefatos nucleares.

Ah, desculpem o texto longo. Foi para "pagar" os dias sem postagem.