Nosso participante Thiago Leite, com a delicadeza que lhe deve ser própria, postou comentário à respeito do texto sobre "Coliseu Romano", referente às lutas que estão fazendo sucesso nas emissoras de TV. Sua opinião é que talvez eu tenha exagerado na dosagem quanto à comparação e que, segundo sua opinião, melhor "brigar" no ringue do que na rua. Thiago, caro irmão, é possível que eu tenha exagerado. O objetivo foi alertar sobre um fato que está arrebatando milhões de pessoas, sobretudo jovens, com ares de normalidade. Me permita até conjecturar que voce exagerou um pouquinho a relativização da violencia, dizendo que melhor partir furioso sobre o outro, arrancar-lhe sangue, esmurrar-lhe a face, isso desde que seja num ringue. E com direito a torcida e tudo. Segundo análises pedagógicas, educacionais, o hábito automatiza-se. Aquilo que passa ser visto como normal e, pior ainda, com direito a ser vencedor, tornar-se celebridade, tende a permanecer nas estrtuturas de caráter do ser, sobretudo em quem acompanha e "torce", com idade em formação e, mais ainda, com a pouca presença de uma orientação adequada no campo dos sentimentos quanto verificamos na maioria dos lares.
Entendo sua colocação, mas indagaria: ante o que o ser humano apresenta, estes mesmos que lutam dessa maneira, quem garante seu controle no dia a dia? E os que os tem como ídolos, em geral, não se sentem tentados a repetir as atitudes ?
Creio que em nosso caso, primarmos pela análise que estimule a revisão de determinados valores é algo que não deve ser postergado. Não quero que veja na minha posição qualquer radicalismo ou fundamentalismo, muito menos desejar transformar o mundo a golpe de força...longe de mim, amigo. Apenas, sinceramente, me choca o "espetáculo". Há coisas mais belas, existem esportes mais harmoniosos. No entanto, tenho consciencia que isso ficará ainda por muito tempo no mundo. Respeito os que gostam do "esporte". Mas, para mim, é muita violência, somando-se ao psiquismo de bilhões de almas, que já vivem atormentadas, angustiadas e assediadas por variados tipos de violência. Um grande abraço, Thiago, e continue postando, enriquecendo, como sempre faz, este nosso espaço.
Quem de nós em situação diversa não desejou realmente partir para cima de outra pessoa e brigar? Em acreditando nas sucessivas existências, podemos encontrar explicação para este tipo de reação ou comportamento.
ResponderExcluirInstinto de preservação, manutenção de nossa segurança física ou mesmo descontrole emocional (cada caso precisará de uma análise), “explicaria” (não justifica) tal reação, não seria algo gratuito, não seria simplesmente violência pela violência.
No Esporte em questão a coisa dar-se pelo simples prazer em ser o melhor, ganhar fama e dinheiro, não existe uma motivação que possa ao menos ser avaliada, é violência pela violência, a brutalidade é aplaudida e ovacionada, o vencedor ganha status.
Estes fatos fazem-me lembrar um lutador boxe da década dos anos 80, que rapidamente ganhou fama pelo estilo agressivo e preciso em abater seus oponentes, e que em alguns poucos anos depois, estava nas manchetes do mundo, acusado de violentar, espancar, agredir mulheres.
Neste mesmo esporte da atualidade membros de uma família bastante conhecida, envolveram-se em eventos de brigas generalizadas onde as artes das lutas foram utilizadas para obter vantagem. O coliseum, hoje se chama octógono. Os gladiadores são os esportistas, e as vitimas é a sociedade, com a aprovação da violência institucionalizada.
Esporte é uma atividade onde os jovens devem desenvolver solidariedade, amizade, espírito de grupo e equipe, onde o mais importante é a participação, a valorização dos princípios éticos. Infelizmente a institucionalização e a indústria que movimenta milhões ao redor dos esportes contaminaram o espírito esportivo.
Fred, fico feliz com o seu comentário e também não sou muito fã de artes marciais, e sei que vc não extremista. Geralmente quando vejo uma luta dessa me sinto um pouco pesado e com um pouco de irritação. Também gostaria que Gandhi, por exemplo, fosse uma referência para nossos jovens mas infelizmente isso não é verdade. Creio que nossa sociedade está um pouco perdida e como mecanismo de fuga busca o tóxico e como mecanismo de defesa a agressividade. Não sou pessimista, longe de mim, mas minha leitura do nosso momento é essa. E a única opção viável, que vejo, é a proposta espírita de auto-conhecimento, evangelho e trabalho assistêncial.
ResponderExcluirFred, achei bacana suas 2 postagens relativas a essas lutas do UFC. Por mais que também respeite o direito de opinião dos outros e "do gostar" desse tipo de evento, acredito que isso, no fundo, denota um tanto de atraso no sentido evolutivo e, em consequência, o quanto precisamos evoluir. Sentir prazer num espetáculo que produz violência em veículo de comunicação de massa é um sentimento bom? Sinceramente, eu não acho. Antes, essas lutas só ocorriam em canais fechados (tv a cabo), mas como produziram elevada audiência, foram adquiridas pela Rede Globo de televisão, cuja influência todos nós sabemos. Parabéns pela abordagem! Fraternal Abraço
ResponderExcluirCom todo respeito a opinião do amigo, Tiago Leite, mas concordo plenamente com Fred e não acho salutar pessoas brigando feito animais, seja no ringue numa arena ou onde for. Violência é violência ainda que se dê a ela o nome de esporte.
ResponderExcluirSe já está difícil educar as nossas crianças com todo lixo que tem por ai, com a arte transformada em lixo; o laser, em estímulo à promiscuidade (a exemplos dos programas de televisão) e ainda por cima, essas chamadas dantescas onde alguém que tira sangue de outro é ovacionado. Não, sinceramente, isso não é esporte.
Fred, muito importante refletirmos sobre o que realmente faz deste esporte um fenômeno que movimento milhões. Mas, usar, como muitos confrades usam, o termo 'atraso evolutivo' pra justificar aqueles que curtem estes esportes, quer gostemos ou não, deveria ser alvo de uma reflexão também. Muitos que usam a justificativa do atraso evolutivo são tão atrasados quanto. Não endossam estes esportes, mas endossam obras equivocadas que deturpam os ensinos espíritas e quando deveriam dar o exemplo para os filhos, são os primeiros a esquivarem-se dos seus deveres. Enquanto que muito dos atletas do afamado UFC, podem ser muito mais justos, caridosos e exemplares que alguns pais espíritas realigiosos. Todo o cuidado é pouco na hora de analisarmos estes esportes, pois o julgamento que aplicamos neles, podem muito bem, e com melhor razão, serem aplicados em nós, pessoas que não não compactuamos com estes esportes, mas permitimos a disseminação da mentira, nos acovardamos na hora de dar-mos e exemplo e que sempre aproveitamos uma chance pra tirar vantagem dos outros, mesmo que façamos pose de santos.
ResponderExcluirSua intenção é muito boa e concordo em colocarmos esta temática na pauta do dia, mas, só devemos ter cuidado pois o julgamento que possamos fazer dos outros [e não me refiro a vocês, mas, a nós, de uma forma geral enquanto sociedade], muitas vezes, será mais justo se o fizermos para nós mesmos. E deixo um recado bem claro: não me dirigi a ninguém em específico, mas, quis fazer uma reflexão que envolva a todos, sem exceção, principalmente a mim mesmo.
Que a paz esteja conosco e a sabedoria também!
Não podemos querer evoluir, ou viver num planeta de Regeneração aplaudindo espetaculos de violencia e dor AUTORIZADOS como esses do UFC e cia. Não condiz. Concordo em numero e grau Fred com o seu comentario e não achei que vc exagerou, ao contrario é necessário alertar e acordar consciencias adormecidas no automatismo e nos modismos onde sutilmente as trevas estão influenciando.
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