Você acessou o Blog de Frederico Menezes. Desejamos que seja ele de utilidade aos que lutam para construir um mundo melhor para todos.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

A BELEZA DOS ESSENIOS E O ESPIRITISMO III

Quem não acompanhou os dois primeiros textos sobre os essenios, leia as duas postagens abaixos. E gostaríamos de acrescentar sobre esse interessante grupo religioso, que ele tinha  a facilidade de adaptar seus ensinamentos a outros seguimentos, como forma de fugir das perseguições. Como estudavam outros ensinamentos alem dos seus, os essenios desenvolveram uma grande cultura religiosa e adquiriram esta habilidade de "disfarçar" os conhecimentos, inserindo-os em algumas culturas religiosas. Como era um núcleo iniciático, existiam vários graus de ascenção. Os ensinamentos mais profundos, mesmo nesses casos em que "misturavam" seus ensinamentos à outros segmentos, eram reservados para aqueles que eram, de fato, seus iniciados.

Outra coincidencia para com os cristãos, é que eles ficaram conhecidos, tambem, como os irmãos do caminho, pela generosidade com que cuidavam dos mais necessitados, sobretudo, em casos de enfermidades. A mesma denominação com que os primeiros cristãos ficaram conhecidos. Junte-se a isso as características das comunidades cristãs primeiras, marcada pela igualdade, pela divisão do arrecadado com o trabalho para com toda a comunidade apostolar, exatamente como os essenios faziam.

A iniciação para tornar-se essenio começava na idade infantil. As crianças eram levadas pelos pais para serem instruídas e educadas por eles. Cresciam na disciplina moral e na devoção da seita. Em geral, tornavam-se adultos úteis e moralizados, nobres e compassivos. Desenvolviam, tambem, faculdades psíquicas, cada vez mais aprofundadas a medida que se avançava nas iniciações. Foram, portanto, precursores do cristianismo e, de alguma forma, do próprio espiritismo em alguns dos seus aspectos, como vimos nas tres postagens que fizemos.

2 comentários:

  1. Acho essa temática interessante! Não sou uma estudiosa no assunto, apenas curiosa, com isso, não tenho muito conhecimento acerca dos Essênios, então, vou escrever somente o que pude auferir diante das informações que chegou ao meu conhecimento sobre, e fazendo uso do ínfimo que sei. Acredito que não seja muito provável a existência de uma teoria pacificada acerca dos Manuscritos do Mar Morto, mesmo após o término das traduções e estudos sobre os mesmos. E por quê? Bom, esses textos foram escritos alguns em hebraico, aramaico e grego antigos... a problemática gira em torno da interpretação desses escritos... quando se sabe que essas línguas possuem muitas variações linguísticas que propiciam ampla flexibilidade nas interpretações, o grego principalmente. Por exemplo, nesses dias eu estava lendo um livro de Platão, que narra o julgamento de Sócrates... o tradutor é um especialista em língua e literatura grega da USP, e ele procurou dar uma interpretação a qual considerava ser a mais adequada para expressar os sentimentos de Sócrates nas suas argumentações, já que existem as chamadas expressões idiomáticas, em cada tempo e espaço, que são dificílimas de interpretar, muitas vezes dar-se significados aproximados, mas que em muitos casos podem não refletir o que realmente queria expressar. Acredito que surgirá uma gama de interpretações que dará margem a várias versões da mesma história, abrindo portas para muita polêmica que ao final restará a mesma dúvida que permeia os tempos atuais diante das antigas escrituras: Em quê acreditar? Estamos presos a teorias históricas... a vida na antiguidade, a meu ver, são juízos de fato que não há como ser valorado, devido ao tempo ser muito remoto; em outras palavras, estamos presos às conjecturas... que sempre dará margens para novas e infindáveis especulações com o passar do tempo.

    ResponderExcluir
  2. Os Essênios eram povos que não compactuavam com as concepções dos Fariseus e Saduceus, já que repudiavam os Templos e festividades, consequentemente não eram a favor da ortodoxia, e sim de uma vertente do judaísmo mais mística, como o estudo da Cabbalah, por exemplo; por isso se instalaram no deserto, para buscarem a essência divina na simplicidade de vida, sem ostentações, e no silêncio... dedicado-se à cura dos males do corpo e da alma do ser humano. Então, eis que surge a questão: Jesus pregava nos Templos e participava de festas, como mostra em várias passagens do Novo Testamento; comportamento que não condiz, em parte, com os dos Essênios. Quanto ao celibato de Jesus... há a polêmica do seu suposto casamento com Maria Madalena... Enfim... veremos o que a ciência nos revela acerco da análise feita sobre os achados de Qumran. Como bem disse Shakespeare em Hamlet: “Existe mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia”... Acrescento: e do que presume a nossa tão audaciosa ciência, que com todo avanço e aparato tecnológico ainda não desvendou os mistérios da construção das Pirâmides do Egito, das profundezas do mar insondável, e da infinidade da galáxia, onde até planeta de constituição similar aos diamantes sabe-se que existe, mas que está fora do alcance humano, sem mencionar a cura da AIDS, até então desconhecida e etc............. Quantas pessoas que são sumidades intelectuais, mas são tão vulneráveis moral e espiritualmente, se encarcerando em vícios efêmeros e na sua vaidade intelectual, acreditando saber muito, mas na realidade... o que conhecem é tão mínimo que não atinge o tamanho de um átomo. Temos muito ainda o que aprender em todos os sentidos! Comecemos, então, pela elevação moral. Sabe... para mim, o que vale mesmo é como conduzimos a nossa existência, e se nesse percurso fazemos todo o bem que estiver ao nosso alcance, em prol de nos burilar e auxiliar o nosso próximo, e nos relacionarmos harmoniosamente com o meio em que vivemos, respeitando os seus limites. Peço desculpas se me estendi muito no comentário... Que Deus abençoe a todos nós!

    ResponderExcluir