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quinta-feira, 26 de julho de 2012

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As pessoas na Terra ainda se caracterizam, em suas relações sociais, pela competição. Estamos engatinhando na direção do compartilhar. Queremos caminhar à frente do outro e não lada a lado. Stress e angústias nascem, tambem, dessa competição insana  que nos coloca adversário do outro e de querermos,  muitas vezes, ser maior ou melhor que o outro ( o competidor ). A sociedade está organizada para a competição. A fraternidade e a pacificação do planeta impõe um outro olhar.

Ser eficiente profissionalmente é uma coisa; ser competidor feroz, é outra. Ser competente é dever de ofício, até mesmo em respeito à empresa que nos emprega ou à função que exercemos frente a comunidade. Estudar para dominar sua profissão e servir a humanidade, é caminho para a própria satisfação íntima, ao contrário dos estímulos de hoje, onde ganhar mais e mais dinheiro leva ao estado psíquico de frequente tensão e, logo depois, de dolorosa frustração pessoal.

Nossa função no concerto da civilização, por si só, é abençoado estímulo para nos tornar peça consciente e produtiva, superando quaisquer limitações que, porventura, se nos apresente no caminho. A harmonia social solicita essa concepção de compartilhamento, troca, apoio mútuo, complementariedade. Muitos dos males do tecido social nascem do egoísmo feroz, dilacerador da solidariedade e usurpador da paz íntima. Quanto mais egoísta somos, mais ameaçados nos sentimos por aquele que deveríamos ver como irmão. Sei que esse raciocínio é  visto como utópico mas estou convicto de que é real. E a humanidade já tem tido provas mais que de sobra de que o raciocínio que externo é verdadeiro.

Como otimista que sou ( sem deixar de ser realista), creio que estamos a caminho de darmos uma chance ao sonho das grandes almas que passaram, ao longo dos séculos, iluminando as mentes e impulsionando o progresso ético moral da nossa civilização. Exaurido os mecanismos do egoísmo, não haverá outro caminho a não ser tentar a outra estrada para descobrir, por fim, quanto poderíamos ter melhor entendido a vida se houvéssemos feito essa escolha. Mas tudo tem seu momento. O amadurecimento, às vezes, pede o esgotar das idéias velhas ainda resistentes apesar de ter demonstrado seus frutos infelizes, no caso da nossa abordagem, a competição desenfreada na humanidade., em forma de infelicidade e sofrimento diversos. Faremos, sim, a melhor escolha. Aliás, não haverá escolha, se insistirmos onde ainda estamos. Repetindo Ghandi:  Não existe caminhos para a paz; a paz é o caminho"

Um comentário:

  1. As instituições de Ensino Superior estão passando por uma crise na sua proposta de formação inicial profissional: Educação humanizante ou educação voltada para atender às necessidades do mercado, cada vez mais exigente e excludente, gerando individualismo e competitividade. O capitalismo selvagem está engolindo a característica base da Educação: a humanização do ser humano; e não a formação de meros especialistas. Por falar em competição... li uma matéria, no G1, hoje que me deixou pasma... o título era assim, com as mesmas palavras: "Igreja evangélica recorre a lutas de MMA para arrebanhar novos fiéis"; e o bispo acrescenta:"É melhor perder um pouco de sangue do que a vida para as drogas"; a "justificativa" bíblica que a igreja usou:“Um versículo da Biblía diz ‘Me fiz de louco para ganhar os loucos’. É sobre Davi, que ao se deparar com mais uma morte, começou a babar. Nós usamos justamente esta estratégia para viabilizar a palavra de Deus” (?!) Impressionante... deturpam a seu bel-prazer... Será que são feitas apostas também? Pois é... de volta ao Coliseu Romano.

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