Muitas vezes somos acionados pela vida para observar os caminhos que estamos trilhando. Poderíamos dizer que o ideal seria que, por conta própria, estivéssemos atentos aos passos que damos. Infelizmente, como que entorpecidos, caminhamos às vezes descendo a encosta e não nos apercebemos. A liberdade que temos de escolher caminhos é utilizada mas de forma equivocada. Vem, então, os desafios da existencia, as perdas, os descalabros, as desilusões...e um verdadeiro terremoto parece retirar a terra de nossos pés. Um aluvião de provas desaba sobre nossas cabeça naquilo que nos parece uma conspiração da vida contra a paz e a felicidade que tanto ansiamos. Não entendemos que a tempestade é força saneadora e despertadora cujo objetivo é o nosso acordar. É um recurso de auxílio.
Semelhante à zumbis, não reconhecemos nossa trilha, salvo quando parece que a tudo perdemos. Aí, com a face contristada e as lágrimas da amargura lavando o rosto, passamos ( quando o fazemos ) a questionar o por que da dor ou o por que não identificamos antes o precipício que se abria aos nossos pés. Esta é a hora da fragilidade extrema, onde abre-se um caminho para que a humildade banhe nosso ser.
Não precisamos atravessar os dramas mais terríveis para atentar à trilha. Melhor se o fizermos na bonança, evitando as escarpas desnecessárias e ameaçadoras. Não precisamos trilhar determinadas estradas amargosas. A escolha delas é que nos traz o ciclone das grandes lutas, das expiações acerbas, das rudes provações.
Estejamos atento aos passos que estamos dando. Muito cresceremos com este olhar atento, sem dúvida alguma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário