MINHA CIDADE - REFEM DA VIOLENCIA

Peço desculpas aos companheiros do blog pela abordagem referente à minha cidade, Cabo de Santo Agostinho. É que vive ela uma situação que bem representa o macro universo do Brasil.  Hoje, O Cabo, junto com a cidade de Ipojuca, ambas pertencentes ao polo do porto industrial de Suape, é a ponta de lança avançada de desenvolvimento, não só do Estado de pernambuco como do Nordeste do país. Sem infra estrutura adequada para receber os altos investimentos apostados no porto de Suape, a cidade vive uma verdadeira explosão de violência, acompanhada ( ou acompanhando ) o tráfico de drogas e a prostituição. Favelas aparecem para todo lado até porque, a fama de muitos empregos nesta fase de construção civil de grandes empresas, trazem corações esperançosos de serem aproveitados e isto não ocorre como pensam. Junto, vem os que já militam na criminalidade.

Os governantes, em uma ação mi8diático, anunciam programas que cuidarão com carinho, dos brasileiros mais frágeis. Deus queira que isso ocorra. Lamentavelmente, não consigo me entusiasmar com isso. Afinal, lembram nas eleições a quantidade  de creches que seriam construídas ? Até agora , nada. Bom, mas não quero e não devo ser pessimista quanto à isso. Convivo com a realidade que não é aquela que assistimos nos programas políticos na TV. Trabalho com, comunidades carentes e vejo amiséria em que vivem. Lido com crianças sem creches e sem perspectivas nas áreas carentes onnde nossa casa atua. Dói olhar tudo aquilo. Quando me posiciono dessa maneira,o faço com vivencia. Eu sei como vivem milhares de irmãos nossos. Tento fazer minha parte alertando os politicos, governantes de todos os partidos ( a postura deles é bem semelhante, independente de partido ) à respeito da oportunidade que eles tem de melhorar a vida dos brasileiros, emancipando-os, promovendo o cidadão.

Minha cidade me comove e entristece pelo momento contraditório que vive. Está cada vez mais rtica econômicamente mas cada vez mais pobre em qualidade de vida e moralidade. Há coisas que quando chegam sem a contrapartida da evolução adequada, traz em seu bojo muitas dores. Com certa nostalgia, olho para a minha cidade e parece que quase vejo os espectros queridos a olhar suas ruas sinuosas e apertadas com a mesma tristeza que trago. Não que eu seja saudosista e que desejasse voltar o passado. Não, não mesmo. Tem que ser daqui para frente, com progresso, desenvolvimento e avanços sociais fundamentais. Riqueza material não significa riqueza na vida do cidadão. E sem o trato para com os valores superiores da vida, riqueza material irá sempre rimar com violencia e abandono, injustiças e amarguras.