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sexta-feira, 18 de maio de 2012

SÓ UM POUCO DE "INSANIDADE" PARA ENTENDER OS SANTOS

|Filosofando um tanto, fala-se muito na complexidade que é para se compreender os genios. O ser humano comum já não é fácil. Mas o psiquismo destes genios apresenta-se, quase sempre, atormentado. São inúmeros conflitos, potencializados pelas angústias e incertezas e pela sensibilidade exarcerbada dessas almas. Verificando as biografias de um Modigliani, um Pablo Picasso, um Mozart ou um Beethoven, percebemos o vasto mundo que compõe a realidade intensa dessas mentes. Mas, sinceramente, creio que entender os santos é muito mais complexo. Sim, eu sei que muita gente tem a idéia de uma placidez imensa das almas extremamente generosas. Uma especie de monotonia parece cercar o coração e a face dos espiritos considerados quase angelicais e que se inseriram na história da humanidade. Isso, porem, é ilusão. Uma alma que atingiu níveis espirituais de alta magnitude não pode ser entendida pelo padrão de raciocínio que apresentamos. Eles, em geral, fogem de qualquer comparação no que toca ao comportamento dito normal. E quanto mais evoluídos são, carregam uma maior intensidade de emoções e vida no cerne do ser.

As grandes almas voltadas ao amor e à vivencia das virtudes saem da craveira comum. Não se guiam pelas convenções humanas e estão acima das burocracias sociais. Ante as diversas situações, fogem da reação esperada e são capazes de surpreender com os arroubos de imensa capacidade de perdoar, quando o "normal" seria a mágoa e a queixa. A mente desses espiritos vibra numa realidade que não conseguimos alcançar. Seus olhos divisam dimensões que não concebemos e entendem eles expressões e objetivos da vida que nem sequer imaginamos.

Creio que se faz necessário um pouco de "insanidade" para entender algo das almas santificadas pela grane evolução adquirida. Claro que me refiro àquelas realmente edificadas pelos valores adquiridos na longa trajetória evolutiva e não as canonizadas por interesses humanos e religiosos. Para nós, os comuns dos " mortais", só sendo um tanto "louco" para viver como elas viveram aqui na Terra. Só estando um tanto fora dos padrões tradicionais para renunciarem como fizeram. Só pulsando o coração em uma faixa inacessível ainda à nossa condição para se sacrificarem como fizeram e fazem em suas jornadas.

Não tenho dúvida que só uma outra grande alma para entender esses espiritos. Não me refiro em admirá-los, não. Falo de entender-lhe as nuançes, os meandros e as fantásticas atitudes, próprias de quem paira em outra realidade, mais próximos da natureza espiritual de que somos compostos. Se estudarmos essas almas um pouco, veremos um perfil psicológico fascinante e são verdadeiros desafios à nossa ânsia de imitar-lhes o despreendimento. No entanto, podemos alcançar, sim, essa transcendente realidade. Estamos à caminho. Quanto duraremos para sair da mesmice moral, depende de cada um. Quanto tempo estacionaremos na normose existencial, cabe a cada um de nós definir. O importante é que o rico universo dos "santos" verdadeiros é o nosso amanhã. E compreenderemos quão cheio de vida e possuidora de um dinamismo poderoso é a vivência dessas almas grandiosas.

Um comentário:

  1. O bem é a luz que liberta,o mal é a treva que aprisiona.Quando nós seres humanos, encarnados neste Planeta, concientizarmos da importância de sermos seres Divinos criado pelo Pai,maior entendimento nós teremos,é o autoconhecimento que ilumina á nossa caminhada.
    Muita paz Nando.

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