Você acessou o Blog de Frederico Menezes. Desejamos que seja ele de utilidade aos que lutam para construir um mundo melhor para todos.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

O HOMEM PRESO

São masmorras que enjaulam o ser humano. Grades frias e ameaçadoras erguem-se na consciencia em remorso. As penitenciárias mais vigorosas encontram-se nos átrios da mente e se estendem no olhar, nas incertezas, nos sentimentos de culpa, no receio de punições e nas punições decretadas por ela ( a consciencia ). A verdade, címbalo da libertação, quando ignorada na jornada do ser, ergue masmorras onde os vícios se alimentam da incúria. É o homem um ser aprisionado por si mesmo, tendo a chave que lhe abre os caminhos da liberdade.

A evolução da criatura vai lhe facultando essa libertação. Dolorosas injunções, é verdade, lhe acompanham os passos inicialmente vacilantes, inseguros. À medida que acende a luz interna, cristalinas visões lhe  beneficiam o olhar e a estrada. É uma saga. Uma epopéia maravilhosa. Um romance digno de um "Victor Hugo". As urzes e os espinhos se lhe afiguram, em um estágio mais avançado da caminhada, delicadas gemas de sabedoria, ninho de luz, gérmens da consolação.

O ar opresso vai cedendo, paulatinamente, às aragens renovadoras da reestruturação da alma. Esmaecentes cores dão lugar à cores viçosas e deslumbrantes e uma atmosfera cintilante substitui a desesperança dos ambientes insalubres. Muda o homem por dentro. Instaura o primado das grandes verdades luminosas e constitui, na consciencia, uma atmosfera de mais ampla beleza. Renova-se a criatura e deve contribuir para que a sociedade se renove. Sua mudança é a primeira grande contribuição. O progresso da civilização lhe recebe o sopro renovador. A interação de cada alma com seu corpo coletivo ( a sociedade ) faz parte das grandes leis. O caminhar da liberdade nunca é solitário embora se caminhe, muitas vezes, consigo mesmo.

O carcereiro não se oporá à libertação. O homem preso é o carcereiro de si mesmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário