"VAI PARA O INFERNO...TÁ PERDIDO!"

Certa feita, e já citei tal fato aqui, se não me falha a memória, um amigo de um dos meus irmãos, vinculado ao seguimento evangélico, havia externado sua opinião à respeito da minha pessoa, quando conversavam sobre religiões. Disse o amigo que, apesar de me achar uma boa pessoa, meu caso era um caso perdido. Ao morrer, segundo ele, não haveria misericórdia para esta pobre alma. Era inferno direto. Obviamente, quem o escutava, não gostou nada da minha condenação. Ao me dizer o fato, procurei tranquilizá-lo, afirmando minhas convicções à respeito da inexistencia de tal lugar e que ele não devia se preocupar com isso. Mas trato desse assunto para demonstrar o quanto temos que caminhar para superar nossa estreiteza de percepção quanto ao amor de Deus e as suas Sagradas Leis. Se os religiosos conseguissem avançar para a vivencia dos postulados iluminativos de cada religião, não teríamos tantas dificuldades no planeta, sobretudo, no âmbito da violência.

Quero dizer, ainda, que a opinião exarada pelo rapaz à respeito de minha condenação não é, creio, a mesma postura de outros do mesmo seguimento. A estreiteza de visão e o fundamentalismo serão superadas à medida que a compreensão mais larga da religiosidade marcar presença no coração da humanidade. Tenho encontrado no meio evangélico, assim como entre os católicos, verdadeiros discípulos de Jesus, dedicados tarefeiros do Bem, sempre a nos tratar com extrema generosidade e respeito.

Nos passos que formos dando na evolução, iremos ampliando a noção de que somos espiritos materializados e não um corpo de carne que deve ser espiritualizado. Essa noção deve fazer a diferença na nossa maneira de encarar a vida e de nos relacionarmos com as diferenças. Aprenderemos que elas, as diferenças, são profundamente enriquecedoras e isto é que o Senhor da vida deseja para nós: sermos ricos de valores mais profundos, de sentimentos mais altruístas e mais alteridade no templo do coração.

As atitudes maduras serão determinantes na construçao de um mundo melhor, mais equanime, mais justo e misericordioso. A paz não dispensa a vivencia desses valores citados acima. Sem eles, a pacificação do planeta em que experienciamos nossa evolução será uma quimera. E podemos execitá-los, agora, a partir de uma decisão firme e inabalável.

E aí, não existirão mais condenações como aque me foi imputada: "Está perdido! Vai direto para o inferno !"...