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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

DIREITOS HUMANOS E DEVERES HUMANOS

Em nossos trabalhos desta noite na Casa do Caminho, um companheiro de tarefas me solicitou uma abordagem sobre como eu via a questão dos direitos humanos. Nessa tarefa, temos a oportunidade, todas as segundas feiras, de fazer várias abordagens, trocando idéias com os componentes do grupo. Ele citou os direitos humanos pelo fato de ter lido algo que girava em torno da questão. Disse-lhe, então, que os direitos humanos era uma conquista da lei do progresso. Era uma conquista de uma concepção mais humanitária na construção da coletividade. O problema não estaria nele. A complexidade do tema é oriunda de uma série de fatores que devem ser levados em consideração na análise do assunto.

Até certo período da humanidade, o ser humano vivia praticamente sem direitos, numa experiencia brutalizante, sobretudo, os menos aquinhoados econômicamente falando. Quando as leis foram se aperfeiçoando e chegamos `a época dos direitos adquiridos pelo homem, caiu-se no extremo. Creio que até de uma forma compreensível face à maturidade que nos caracteriza a personalidade e a vida de relação social. Hoje, ganhou, em certos lugares, feição ideológica no sentido politico do termo. E esquece-se de: 1 ) usar esses mesmos direitos de maneira total, para todos os seguimentos e 2 ) recordar que, alem dos direitos, temos os direitos. Lá adiante, no universo da consciencia, vamos entender que o direito efetivamente pertencente a cada um inicia-se nos deveres retamente cumpridos ( pelo menos assim deveria ser ). Todos querem os direitos e nunca indagamos se estamos cumprindo nossa parte no contexto das leis, da vida social e da própria espiritualidade.

Não que os direitos só devam ser empregados para os que cumprem seus deveres. A ressalva que faço é para ampliar nosso entendimento de que, perante as leis soberanas do infinito, o que vive em harmonia perante o equilíbrio da lei de amor, faz por merecer maior cota de direitos, estando proporcionalmente relacionado que : quanto maior o mérito, mais ampla cota de liberdade e luzes recebe o que se tornou digno e responsável no usufruto dos recursos da vida. Não sei se me faço entender. Perdoem-me caso não tenha conseguido. Talvez eu possa resumir da seguinte maneira a questão, ante o futuro e um melhor entendimento da causa e do efeito : a cada um conforme sua obras, ou, àquele que mais tem, mais ainda lhe será dado.
Enfim, o respeito aos direitos humanos representam conquista de nosso processo evolutivo, solicitando, no entanto, a vivencia dos nossas deveres, a fim de consolidar a civilidade plena da sociedade terrena.

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