Estudando o espiritismo, encontramos a abordagem referente ao despreendimento da alma durante o sono físico. Nesse estado de emancipação do espirito, retornamos, de alguma maneira, à pátria de origem. Claro que as condições em que esse fato se dá são as mais variadas. De acordo com a natureza das aspirações da alma, de seus pensamentos e sentimentos, de seus interesses imediatos ou meis profundos, teremos a chegada do ser a determinados ambientes. A lucidez que possamos ter durante esta emancipação guarda relação direta das condições de mais ou menos espiritualização da criatura. Quanto mais devotado aos valores espirituais, a chance de permanecer relativamente lúcido na dimensão dos espiritos libertos aumenta. Quanto mais voltado para as sensações mais brutais da matéria, às suas paixões, menor a quota de percepção mais ampla a alma terá em seus desdobramentos.
E os sonhos ? Aí teremos que ter mais prudencia do que o habitual no que tange às interpretações que possamos fazer à respeito deles. A grande maioria dos sonhos são intraduzíveis na linguagem e no entendimento humano pela ausencia de lógica em suas imagens, sobretudo, se se levar em consideração possíveis atividades que a alma possa estar realizando fora do corpo. Ora, sabemos que os sonhos são, quase sempre, uma mescla de atividades concretizadas durante o estado de vigília, imagens criadas pelo subconsciente, coisas que ficaram guardadas no porão da mente, reordenamento do cérebro sobre as pressões do dia a dia, ou ainda recordações de vidas passadas, sempre fragmentadas, projeções do inconsciente, visões premonitórias podem se mesclar com essa gama imensa de fatores, alem de pequenas recordações de encontros e atividades realizadas pela alma durante o sono, no mundo dos espiritos. Como veem, é muito complexo o universo dos sonhos. Existem, no entanto, aqueles que se apresentam tão intensos, reais, que produz um estado de compreensão mais nítida sobre cada um deles. Ou a premonição é tão real que ficamos inquietos, como que tendo a certeza que estivemos em tal lugar, que conversamos com alguem ou que tivemos uma visão de algo que irá ocorrer no futuro.
Estudar as coisas da alma, os valores espirituais, é uma tarefa de auto conhecimento e de entendimento mais profundo sobre a vida. Recomendamos aos amigos aqui participantes o mergulho nos livros elevados da doutrina, aqueles que formam a codificação e as chamadas obras subsidiárias. Tambem é interessante ler trabalhos não catalogados como espiritas, embora tratem de questões espiritas, tais como livros de pesquisas sobre reencarnação, quase morte, mediunidade ou de filosofias que abranjam a imortalidade do ser. Pesquisemos, ampliemos os horizontes da mente. A alma cresce quando penetra em sua natureza transcendente, imbuído da vontade de aprender e de se reformar moralmente.
Olá Fred, mais uma vez desejando muita paz a você e a todos que acompanham esse trabalho maravilhoso.
ResponderExcluirSó queria acrescentar que ontem, o Jornal Hoje da Rede Globo, transmitiu uma matéria a respeito dos sonhos, inclusive com a opinião de especialistas. Foi dito que os sonhos eram "fotografias do que temos dentro da nossa mente". Na minha opinião trata-se de uma abordagem primária e um tanto equivocada em alguns aspectos, mas como toda subida passa pelo primeiro degrau, penso que seja importante conhecer e repensar o assunto exibido na reportagem.
Um abraço a todos...!!