MENTE E MEDIUNIDADE

Numa visão ilustrativa, os espiritos fazem uma imagem de que a mente seria semelhante a um espelho, isso no tocante a mediunidade. Quando essa mente está calma, serena, harmoniosa, mais facilmente consegue registrar aquilo que lhe chega pelos canais da inspiração ou de emanações telepáticas mais ostensivas, como no caso das psicografias. Agitado, esse espelho fica turvo e não consegue refletir, a não ser de maneira distorcida, aquilo que lhe chega da realidade mais sutil. Cabe tambem uma comparação com um lago de águas calmas, refletindo o azul do céu com perfeição. Agitada, essas águas distorce a imagem do céu. Simples, assim.

Muitas vezes um médium que até já produziu belas páginas empobrece e, até, chega a não mais conseguir materializar as inspirações no papel. As preocupações do dia a dia, as conturbações da vida material, as idéias fixas em determinadas questões, podem ser a explicação dessa queda de produção mediúnica. Aliás, essa parece ser uma técnica utilizada pelos que ainda mourejam nas sombras para paralisar um tarefeiro do evangelho e da imortalidade. Não deixa, tambem, essa situação, de se assemelhar a uma branda ou até mesmo vigorosa hipnose. Nada mais eficiente que açambarcar a mente mediúnica de anseios e excessos de preocupações para "tirá-la" de circulação.

Sempre é bom dar-mos atenção a como anda o espelho de nossa mente. E levar em consideração se os problemas da experiencia física não estão tomando todo o espaço possível de nosso mundo interior, afastando cada vez mais os interesses espirituais de nosso psiquismo. O instrumento, então, começa a enferrujar. Vai ficando inutilizado por falta de uso. O que era, anteriormente, expansão, transmuta-se em contração. Nos apequenamos e a vida se estreita, perdendo o viço, o entusiasmo e as aspirações mais largas. É hora de uma reorganizada interior e uma retomada da jornada. A grande alegria pode voltar. Só depende do tarefeiro.