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domingo, 1 de julho de 2012

AINDA ANALISANDO O IBGE

Voltando ao crescimento dos espiritas no censo divulgado pelo IBGE esta semana, tem mais um detalhe que nos permite debruçar para analisar o encaminhamento do movimento espirita. Toda a pesquisa permite elementos de aferição, que podem favorecer a definição de rumos ou mudança de rotas, alteração de estratégias ou adequação de linguagem, etc. É uma ciencia importante, tanto nos negócios quanto nas definições para as políticas públicas, bem como fornece um raio X para qualquer segmento da sociedade. Pois bem. Os espiritas não podem desprezar essa ferramenta.

No tocante aos últimos números, que são referentes ao ano de 2010, verificamos que apenas 1, 2 % dos espiritas são da classe menos favorecida. Isso é um dado interessante e significativo. Os espiritas, reconhecidamente, fazem um trabalho forte junto às massas conomicamente mais vulneráveis mas isso não se traduz em informação e assimilação dos seus postulados. E ressalvo, como tenho feito aqui, que não tomem essa minha colocação com preocupação com proselitismo. Não é mesmo. Coloco a questão para entendermos, com uma visão o mais abrangente possível, onde nos situamos no nosso proceso de comunicação, de diálogo para com a sociedade como um todo. Claro que a doutrina espirita não será, tão cedo, uma doutrina de massas, embora tenha vindo para o ser humano de todas as condições. A limitação intelectual é um fator que dificulta, sim, o entendimento de uma gama imensa de criaturas quanto aos postulados espiritas, embora não seja, no meu entender, o elemento decisivo e único. Há pessoas com suficiente acuidade moral capaz de se abastecer da mensagem espirita sem maior condição intelectual. Sabemos o quanto uma certa maturidade de espirito é fundamental para se avançar no rumo de um novo sentimento de religiosidade. Não podemos, repito, no entanto, perder a oportunidade de avaliar, dentro do atendimento aos socialmente carentes, como estamos ofertando à eles o manancial libertador de consciencia que caracteriza o espiritismo.

Não estou afirmando, com essa abordagem, que estamos errando nesse atendimento ou negligenciando a mensagem; não sei se isso ocorre. Não conheço a maneira de trabalho da imensa maioria de nossas instituições. Seria leviandade de minha parte, sobretudo, porque sei do imenso coração e idealismo de milhares e milhares de tarefeiros de nossa causa Brasil afora. Apóstolos do bem, multiplicam amparo à milhões de brasileiros que vivem desassistidos do poder público ou esquecidos da sociedade como um todo. Admiro esse trabalho fantástico que nossas instituições realizam e que vem, inclusive, influenciando e estimulando outros segmentos à fazer o mesmo. Precisamos, porem, aprofundar análises em cima dos números estatísticos a fim de elaborar mecanismos para melhor entregarmos a mensagem à todos os corações, conforme anseio dos nossos orientadores maiores localizados na dimensão espiritual. A posição ufanista ou menos ainda do "avestruz", que enterra a cabeça na areia para não ver o problema, ambas, não são nada compatíveis com a racionalidade e a dinâmica exigida pela grande mensagem, não é mesmo ?

Por que somos o segmento de maior escolaridade e melhor situado econômicamente, enquanto somos os que menos alcançamos as faixas mais carentes, embora, em geral, estejamos junto delas ?
Interessante, não ?

2 comentários:

  1. Excelentes colocações...
    Este último parágrafo deixou um bom e excelente tema de reflexão. Indubitavelmente o conhecimento acadêmico no entendimento das leis físicas que regem nosso universo (até onde podemos alcançar) e nossas relações com os elementos da natureza física e espiritual (até onde nossa condição permite), facilita ou torna menos difícil nossa compreensão dos mecanismos diversos que entrelaçam os planos da vida.
    Dito isto, lembro-me das palavras do apostolo Paulo:

    I Corintios 13
    Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o címbalo que retine.
    E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
    E ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.

    Em resposta a interrogativa do nosso amigo Fred, no meu pouco entendimento, consigo vislumbrar um luz muito tímida, a dizer-me que: “... nesta presente existência estamos ocupando uma posição, diretamente proporcional a nossa condição de sermos úteis, de dar vida em nossa própria vida às paginas do evangelho.

    Forte Abraço,
    Luiz Gustavo

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  2. Oi Fred, passando como sempre para te desejar
    um inicio de semana como muita paz,luz ,amor, saúde,e felicidades!!! Abraços!!! Bejin no coração!!!!

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