AINDA A LITERATURA ESPIRITA

Assisti um vídeo em que o Raul Teixeira, dos mais prestigiados oradores espiritas da atualidade e que recupera de um AVC, faz judiciosas e precisas colocações à respeito das muitas obras psicografadas que inundam o mercado editorial espirita na atualidade. Já fiz uma postagem sobre o assunto aqui no blog. Dentro daquela assertiva de que o que se ganha em quantidade tende-se a perder em  qualidade ( poderia não ser assim ), concordo com as colocações do orador carioca no tocante ao aumento de nossas responsabilidades quanto à qualidade daquilo que passa a fazer parte de nossas publicações. O espiritismo não tem índex, ou seja, relação de obras proibidas. Não deve ter mesmo. Agora, necessitamos agir com foco na melhoria dessa qualidade, favorecendo o acesso das pessoas ao real pensamento espirita.

No momento da Terra, ofertar o pensamento espirita, com todo o seu poder de consolação e fé raciocinada, é algo que não se deve postergar. Sabemos que o mercado de livros relacionados com a imortalidade está aquecido e, muitas vezes, surgem editoras e autores que não tem o devido cuidado com o conteúdo, visando a venda em detrimento da qualidade real da obra. O problema é que muita gente está acessando o espiritismo através de obras duvidosas, misturadas e com abordagem equivocadas sobre o tema espirita.

Um dos caminhos para auxiliar as pessoas a conhecer uma boa obra começaria pelas nossas livrarias, nas casas espiritas, venderem obras de conteúdo correto. Daí a importância que se deve dar às livrarias, primando por preparar trabalhadores que possam opinar à respeito, lendo algumas dessas novidades. Outro caminho, é, tambem, colocar as obras clássicas do espiritismo à vista, com uma pessoa sugerindo-as. A codificação, os livros de Dennis, Flamarion, Bozzano, Andre Luis, Emmanuel, Herculano Pìres, etc, não podem desaparecer de nossas prateleiras. Isso, com certeza, minimizaria a questão da má qualidade, favorecendo que os leitores atendidos por essas atitudes simples, criem seu poder de análise, sua base de conhecimento, estabelecendo, assim, discernimento e segurança para ler com capacidade de reter o melhor, sem maiores confusões.

Bom seria que as editoras ditas espiritas fossem mais seletivas, mais criteriosas quanto às suas publicações. Sabemos, no entanto, ante o crescimento da mensagem, que isto não vem ocorrendo. Trabalhemos objetivando o melhor para a humanidade, cuidando do que oferecemos em nossas casas em termos de literatura.