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sábado, 17 de novembro de 2012

SEMPRE HOUVE O FIM DO MUNDO

Fazendo uma observação histórica, ao longo do tempo, outras gerações aguardaram o fim do mundo. Houve quem acreditasse que sua geração viveria o final dos tempos. Um pouco de calma e bom senso nos aponta o fato de que necessário a compreensão de que, talvez, exista campos de observação e interpretação das escrituras que não são entendidos pelos afetados com a idéia do apocalipse. Aliás, a palavra apocalipse significa REVELAÇÃO e não, necessariamente, destruição.

O famoso livro escrito pelo apóstolo João na ilha de Patmos tem servido de interpretações sinistras ao longo dos séculos. Várias seitas cristãs marcaram o fim dos tempos para certas datas que nunca se cumpriram. Cada um "vê" o que deseja ou alcança. Daí termos tantas decepções históricas à respeito. Só no século XX, tivemos algumas datas delineadas para o "arrebatamento", aquele momento em que seriam levados aos céus os eleitos. Não precisamos enfatizar que nada ocorreu.

Isto significa que o livro do apocalipse não teria valor ? Absolutamente, não é isso. Tem valor e muito. É preciso mergulhar no espirito e entender, tambem, que muitos elemento influenciaram as percepções espirituais do grande místico de Patmos. E fatores de sua época, com certeza, influenciaram sua percepção. Segundo alguns pesquisadores, o arrebatamento não consta do apocalipse. Seria enxertia de outra época. O psiquismo humano, eivado de culpa, aguarda punição justa  aos pecadores. Abre-se, então, uma grande via para esperar-se tragédias inomináveis. Como se já houvessem ocorridas tantas e em tal número que já poderia ter superado todos os escritos apocalípticos.

É possível que não tenhamos, ainda, desenvolvido uma visão de um poder cósmico pleno de amor, misericordioso, muito além das mesquinharias humanas. A civilização que construímos, desde milênios, tem marcado seus passos pela violência, a guerra, a mortandade. Esperamos de Deus o mesmo. Deixamos de compreender a ação da alma humana nas estruturas daquilo que nos atinge e creditamos ao Senhor da vida, os descalabros de nossa rudeza.

Os espiritos nobres e responsáveis, claro, se referem às grandes transformações pelas quais passamos. E naturalmente inserem as catástrofes que ceifam vidas inúmeras como componentes históricos na trajetória do planeta. A solidariedade nesses momentos de dor coletiva é mais importante que a destruição, mas nos detemos naquilo que faz estrago e não no que edifica a sensibilidade do ser humano. Tudo se ajustará ao que está planejado para a sociedade terrestre. O melhor virá e só o mundo arcaico, atrasado, violento, acabará. As pilastras corroídas pelo mal serão substituídas. O homem encontra-se frente à frente com sua história evolutiva. Está de cara com sua trajetória e pode aprender muito. A ciencia veio em seu auxílio. Estamos vivendo o período em que somos convidados
à essencia das coisas, fugindo da superficialidade de crenças que se apoiam em aparatos externos e, muitas vezes, infantis.

Sempre houve, na história da humanidade, épocas em que o final dos tempos se concretizariam. Gerações passaram e não se concretizou o esperado. Vivemos, hoje, o limiar da nova era. Sem final do mundo. Início de uma nova concepção de civilização, mais altruísta, aberta, espiritual, com consciencia da transcendencia da vida e da nossa incapacidade atual de entender QUE É DEUS. SABEMOS O QUE ELE NÃO PODE SER E TEMOS ALGUMAS FRESTAS QUE SINALIZAM QUE VAMOS ENTENDER O QUE ELE VEM A SER.  A lei do progresso é permanente. Para sentir melhor e melhor entender Deus e seu Amor, necessário a mudança dos tempos, o amadurecimento das almas e a conquista de um novo mundo, argamassado na sublime Lei do Amor.

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