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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

CHEIRO DO PASSADO

Sou, habitualmente, um homem do presente e procurando fitar o futuro. Isso não quer dizer que o passado não tenha  sua importância e, até, seu fascínio sobre mim. Pensando escrever essa crônica, recordei alguns desses aspectos do ontem. Estou lendo o livro autobiográfico do grande poeta Pablo Neruda, "Confesso que vivi". E a leitura me levou a esse exercício nostálgico, em que quase posso tocar o passado, tal o vigor de sua presença na memória.

Muitas coisas me chegam através do "túnel do tempo". O cheiro das comidas que minha mãe fazia no natal e ano novo, da roupa nova no corpo, a tinta recente nas paredes...e, sobretudo, das fisionomias dos familiares e amigos. E como descrever o cheiro dos invernos, na época em que o Cabo de Santo Agostinho ainda tinha mata, floresta residual, e chovia bastante no município. Diziam que em nenhuma outra cidade chovia tanto quanto no Cabo! E o cheiro da chuva caindo, a terra molhada e, até, o friozinho, as goteiras lá de casa, a gente, cada filho, apinhado no quarto, onde oito meninos ficavam escutando a chuva caindo, driblando a pingueira ou ouvindo "estórias" de trancoso, de fantasma...

Essas coisas ficam impregnadas na alma. O espírito sedimenta as experiências ao longo dos milênios. Lembramos dessas, por exemplo mas, eis porque trazemos, às vezes, uma melancolia de uma coisa que não conseguimos identificar. Na verdade, pode ser algo que foi vivido lá atrás, e o espírito "recorda", em forma de uma nostalgia ou saudade que não sabe definir. O passado, nesse caso, tem cor e cheiro. |E tem sabor. gosto de vida, de esperança, de incerteza sobre o futuro, de medo de perder pai e mãe... O cheiro do passado particularmente no final de ano parece ganhar força. Pelo menos comigo é assim. São lembranças adoráveis. De alguma forma, são mensagens da reencarnação, como a nos dizer que, nas futuras vindas ao mundo novas lembranças assaltarão nosso universo íntimo. As experiências que virão se tornarão, um dia, tambem cheiro do passado, odor do ontem. De quando éramos crianças ou jovem iniciando a jornada, cheios de vontade de ser feliz, não importando, aí, o sentido que se dê a felicidade.

Um comentário:

  1. Amigo Fred tudo que vc falou é real é muito bom recordar o passado principalmente quando o assunto é familia. Eu não
    tenho muito que recordar pois não convivi com os meus familiares
    + em compensação tive pessoas que me criaram que até hoje
    eu sou agradecida mãe Nathercia e Celeste a minha Dinda ambas
    se encontram no Plano Espiritual. Conheço minha mãe biológica e
    minhas irmãs e um irmão só que não tenho muita afinidade. Mas
    nas minhas limitações tenho momentos felizes e de tristeza
    e vou seguindo em frente sempre otimista. Natal acho lindo
    maravilhoso porém triste e melancólico sinto falta dos parentes
    amigos que estão longe e daqueles que partiram para o Plano
    enfim agradeço a Deus por tudo porque ele é minha fortaleza.
    Abraços amigo muita luz!!!! Beijos no coração!!!!





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