Baryshnicov, asas nos pés, rotação do 360 graus em meia ponta, quase impossível de se fazer. Colossal energia criativa, vencia a gravidade e levava ao êxtase quem lhe assistia. Veloz e elegante, movimentos graciosos e firmes, olhar entregue aos céus e o corpo integrando-se totalmente à alma.
Misha vivia com intensidade sua parceira no ballet. Alma renascida para trazer beleza à Terra, deitava romantismo e vigor nos palcos, tornando intensa e encantadora cada cena. Quintessência da dança, foi cisne e tigre, colibri e águia a pairar no palco.
Missionário da arte, hoje avô, o grande bailarino russo sente a chama para a arte da dança. Seus olhos ainda brilham, a escrever mensagem de ardencia e poesia. Quem o assistiu viajando nos ares em cada salto artístico jamais o esquece.
Obrigado, Misha. O mundo necessita da eterna beleza, da arte nobre.
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