Ela se chama Augusta. Agitada e simpática. Hoje caminha sentindo o peso dos anos. Sinto nela, no entanto, o portento da reencarnação, dos amores que se vestem de colorido diferente mas que são os mesmos amores. Nos chamamos, às vezes, de "tiririca", o mato que corta. Noto o quanto seus olhos brilham ao me ver. Vejo o quanto se sente orgulhosa quando chego em sua humilde casa e almoço. E me leva até a rua quando me despeço, feliz, mostrando às pessoas de sua vizinhança o quanto eu não a esqueci. E quanto a amo.
As lágrimas brotam quando escrevo sobre ela. São lágrimas de gratidão e sincera ternura. Minha mãe preta. É preta mesmo, nada de afrodescendente. Isso perde a poesia e a intimidade. Suas mãos parecem se iluminar ao fazer a comida deliciosa. Diz ela que sabe o que eu e meus irmãos gostamos. E agora sabe tambem o que gostam minhas filhas. Minha eterna mãe preta Augusta, um grande amor, que vale um lindo romance.
Lindo, meu amigo!! Me emocionei.
ResponderExcluirDeus os abençõe sempre.