Cada povo tem o que ofertar para o enrequecimento da civilização, aliás, como já ocorre. A extraordinária colcha de retálhos de todos os povos produz um mosaico multicolorido, de grande beleza. Estas características diversas, no entanto, não se sobrepõe à condição inerente a todas as nações, a todas as culturas: a condição humana. Somos habitantes de uma mesma nave educativa, a Terra. Formamos uma mesma civilização e estruturamos as necessidades que se configuram para cada alma no trajeto da evolução.
Não há porque não se entender e respeitar crenças e convicções. A realidade múltipla não é excludente. É preciso, porem, o amadurecimento dos diversos seguimentos religiosos a fim de se construir um pacifismo que se encontra na essencia de todas elas. O fanatismo confunde defesa de ideal com histerismo, demonstração de fé viva com violência. Acredita-se na propriedade de Deus. E se vive afastado dos postulados que se afirma defender ou acreditar.
Existem valores nos países ocidentais que são conquistas a serem zelados. O ambiente de liberdade de opinião, de expressão, de família no que diz respeito à cristandade, são aspectos que, embora refletindo a imperfeição dos seres humanos, representam a edificação dos séculos. No oriente, a história consagra civilizações que se encontram no nascedouro da humanidade. E tambem carece de aperfeiçoar-se, modernizar-se, enfim, integrar-se a um novo tempo, pleno de entendimento e respeito mútuo. Não há que se alimentar um lado e outro, Ocidente e Oriente. Somos seres humanos, habitantes da Terra, dividindo aspirações, labuta, valores humanos, sonhos e dores. Somos irmãos. Temos a mesma origem divina.
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