Existem coisas que carregam uma simbologia poderosa, capaz de impor respeito à todas as mentes e corações. Quem ainda não assistiu um filme sobre iniciados ou magia que não teria um ancião sábio, detentor de conhecimentos místicos elevados e um olhar capaz de penetrar nos escaninhos da alma? Ou que não tenha assistido um filme sobre outros mundos, apresentando a governança realizada por um conselho de anciãos, respeitados e ali postados exatamente pelos seus conhecimentos e honorabilidade? Até filmes de faroeste enfocam os conselhos das tribos indígenas que valorizam os seus anciãos, dotados de vasta experiencia concedida pelo tempo....
Algumas pessoas que passaram por experiencias espirituais, seja pelas vias das EQMs ( quase morte ) ou pelos caminhos da hipnose, narram que estiveram em uma região luminosa e passaram por uma especie de avaliação da existencia que experimentam na Terra no momento. Muitas vezes, há a presença de uma especie de conselho de espiritos mais evoluídos, maduros, etc. Outras vezes, a entidade que serve de guia para o que vivencia tal momento, se apresenta como um ser sereno, demonstrando, embora a jovialidade da face, possuir um tempo longo de evolução. Notoriamente percebe-se que a imagem da ancianidade pode não ser exatamente a que estes seres de luz possuam em suas esferas espirituais. É possível que a imagem seja alguma coisa icônica, simbolizando suas conquistas. A imagem anciã impõe respeito, transmitindo uma aura de harmonia e sabedoria. Sendo ou não este o fator, podemos refletir sobre a importância da sabedoria e do tempo evolutivo, no que diz respeito à iluminação espiritual, caracterizada pela imagem transmitida.
Quando recordamos a feliz abordagem de Allan Kardec sobre a "aristocracia intelecto-moral", tratada no livro "Obras Póstumas", aquela que, numa Terra evoluída, seria responsável pela governança da civilização, entendemos melhor a esta questão. Hoje, nas condições das escolhas dos líderes dos países, diversos fatores incidem sobre estas, nem sempre são fatores que preservam os valores e as condições que tenha o líder em termos de qualidades para o desempenho da tarefa. Predominam diversos interesses ou características, em geral, passando longe de fatores éticos morais. Ouvimos pessoas afirmaraem que, desde que tenha emprego, não importa se o "líder" eleito" desvie recursos púiblicos ou aja ilicitamente. Relativiza-se aspectos importantes como sabedoria e conquistas mais profundas. Carisma, recursos financeiros e acertos de grupos podem alavancar à postos de comando pessoas inabilitadas ou que possam vir a comprometer, perante a grande Lei, um lugar, um estado, um país, etc.
Em instâncias superiores ( e não vai aqui uma comparação pura e simples pois são realidades muito diferentes ), os mais iluminados são guindados ao comando. Os mais honestos, portanto, os que podem beneficiar sem interesses outros os cidadãos de uma civilização, assumem a governança. O progresso efetivo se processa. A sociedade se eleva. Os conflitos cessam. A maturidade da alma vem à frente dos requisitos. A moral é condição sine qua non. O sentimento de desejar o bem estar de seus irmãos, é norma e preceito inviolável.
Viveremos, algum dia, esta realidade ? acreditem que sim. Isso irá ocorrer. Estamos numa construção. Até lá, temos muito o que fazer para preparar o caminho e amenizar, tanto quanto possível, os efeitos colaterais amargos, da condição que se nos apresenta. Resolvi postar este assunto face, naturalmente, não só ao momento eleitoral que vivemos em nosso Brasil mas, tambem, aos conflitos de natureza política que infernizam a vida de inúmeras nações mundo à fora, provocando, inclusive, o derramamento de sangue em guerras civis dolorosíssimas, levando à fraturas sociais de repercussão ao longo do tempo, de natureza amarga. Está aí a Síria, o Líbano, a Líbia, a questão Palestina - Israel, etc. Muito a ser feito. Avanços mundiais foram alcançados, como o desaparecimento quase que total, das guerras entre nações européias, graças às trocas comerciais e culturais. Alem das brigas entre alguns países, brigas, por sinal, históricas, a Europa foi palco das duas grandes guerras mundiais, devastadoras e mutiladoras do espirito humano. A Ásia tambem vem assistindo ao sumidouro de inúmeros embates milenares, embora tenhamos, há pouco, assistido a uma rusga antiga recrudescer entre China e Japão por causa da posse de algumas ilhas naquela região. Até a Àfrica, pródiga em guerras civis, arrefeceu os ânimos e muitos de seus países estão, agora, mais preocupados em se inserir na comunidade internacional pelas vias do comércio, da economia, levando o desenvolvimento de seus habitantes. O diálogo tem sido estimulado entre os povos, conquanto, vez em quando, o radicalismo nos faça retroceder em certas ocasiões.
Fundamental persistirmos no investimento quanto à evolução moral de nossas civilização. É garantia de mais avanços e serenidade no trato das questões mais sensíves entre nações. A luz espiritual clareará sempre mais os meandros sombrios da política escura. Uma nova configuração será apresentada na anatomia das nações. E um verdadeiro pacto de países, vivendo uma unidade hoje distante, iluminará o céu da esperança. Não é só desejo meu. É fato. É a lei do progresso, que nada pode deter.
Amigo Fred,
ResponderExcluirVocê é o "ancião" da Casa do Caminho!
E não são o brilho dos seus cabelos brancos...
A maturidade espiritual é reconhecida pela serenidade em instruir e na instrução pelo exemplo!
Aproveito a oportunidade para solicitar-lhe algumas ponderações a respeito dos mecanismos para vencermos a Vaidade, quando a identificamos sutilmente nos afetando em nossas atividades espiritistas.
Grande Abraços,
Cléo