SAIR DO CORPO

Este é um tema que provoca reações as mais diversas em quem entra em contato com a questão da saída do corpo. Algumas pessoas  se assombram com a possibilidade.outrosmplesmente não acreditam. Outros mais recordam que já tiveram a sensação, naquele estágio de sono, em que se sentem "caindo" e, ao retornarem ao corpo, se chocam contra a parede. Há, ainda, os que se veem fora do corpo, ao pé da cama e se assustam, por dois motivos interligados: porque ficam confusos de estar em pé e se vendo ali "deitado" no leito e porque pensam que estão mortos. A identificação com a matéria é a grande responsável por essa sensação desequilibrante para muitos.  Por pensarem que são a matéria, ficam sem entender como podem estar em dois lugares ao mesmo tempo ( na cama e em pé) e na verdade não estão em dois lugares pois o corpo não é a pessoa. e o medo de estar morto advem do mesmo fator. Alem do mais, se se está fora do corpo, o "outro" só pode ser o "cadáver".

No Livro dos Espiritos há um capítulo que abre as primeiras e claras noções sobre o tema. Trata-se "Da Emancipação da Alma". São abordagens demonstrando que, em certas condições ( como pre disposição orgânica, estado de enfraquecimento da matéria por motivo de doença e pelo sono físico )o espirito que somos se despreende do corpo e entra em relação mais íntima com seu mundo de origem, a pátria dos espiritos. De lá podemos trazer lembranças do que fizemos ( o que, em termos lúcidos, é um tanto raro ) outrazermos impressões mais ou menos vagas de acontecimentos ou ainda, intuições que nos guiarão no estado desperto.

Algumas pessoas apresentam certas habilidades concernentes um certo estado de consciencia, de lucidez e uma imensa facilidade de despreender-se do corpo. São os médiuns de desdobramento, muito utilizados em grupos de desobsessão, descrevendo certas regiões espirituais e condições de entidades que estejam relacionadas às atividades programadas pelos benfeitores espirituais responsáveis pela instituição onde aqueles trabalhos se desenrolam. Yvone Pereira foi um desses sensitivos maravilhosos que apresentava facilidade para esse gênero de acontecimento. Noslegou obrasmgistrais que tratam do assunto: "Recordações da mediunidade" e "Devassando o Invisível ". Recomendo a leitura. Outro notável médium desse gênero ( talvez o mais importante ) foi o Eurípedes Barsanulfo. Sua condição de espirito elevado lhe proporcionava total domínio de sua movimentação fora do corpo. despreendia-se da matéria com tanta propriedade e segurança, que realizava partos e escrevia receitas, entregando-as aos seus pacientes atendidos naquela condição especialíssima. os fatos eram atestados pelos mesmos, que descreviam a presença do medium de sacramente, MG, e mostravam as receitas. A grandeza desses desdobramentos, que se tornavam tambem materializações, era comprovada pelo fato dos pacientes o enxergarem e tocarem nele despreendido. Ele pegava os bebês nos quais ele realizava os partos.

Quem desejar, poderá consegr sair do corpo com lucidez ? Claro. Para isso, sem dúvida que estudo, determinação, disciplina, exercício e, para agir com segurança e serenidade fundamentais, a busca pela própria moralizaçao, espiritualizando a mente. É possível sim. O problema é que a vida material exerce intensa influencia sobre nossa vontade, nos aprisionando vigorosamente na sua teia. Somos, de alguma forma, prisioneiros do corpo. Nossa educação como ser imortal, meditando sobre isso, proporcionará caminhos nessa direção. e,conseguindo, com certeza, já estará facilitando para si mesmo, o despreendimento ante o momento da própria desencarnação.

Toda noite, saímos do corpo. Laentavelmente, ainda com muita pouca consciencia ou lucidez. Às vezes, vamos pra locais de aprendizado e guardamos idéias vagas ou intuições do que lá aprendemos. Outras vezes, podemos permanecer aqui mesmo, nas adjacências da carne, como que imantado ao organismo físico. E noutras ocasiões há que se deixam seguir para ambientes desagradáveis do mundo espiritual ou aqui mesmo, no planeta. O hábito cotidiano da oração e do bem que realizamos, será sempre elemento a nos amparar, evitando tais desagradáveis circunstâcias. Muito material para refletir, não ?