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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

PRISÃO INTERNA

Pode existir alguem livre segregado em uma peniteciária e pessoas trancafiadas fora delas. Estão aprisionadas nas grades do medo, das frustrações, do remorso, da mentira, da ignorância sobre a verdade da vida. As grades internas, pois, são as mais dolorosas. Pensamentos perturbadores, viciosos, desajustados, representam uma amarga e dolorosíssima prisão interior, capaz de manietar a alma e emparedá-la nos ambientes insalubres da mais profunda infelicidade.

Recordamos Jesus exortando o coração humano a "conhecer a verdade pois esta o tornará livre". A liberdade é algo que tem a ver com os estados íntimos da alma, suas escolhas mentais, a natureza de seus sentimentos, a direção que imprime às suas atitudes. Quanto mais seus valores encastelam-se na transitoriedade da matéria, mais se aprisiona nas grades da ignorância. Buscar o Reino dentro de si é caminho para livrar-se da prisão em si mesmo pois o Reino fala de um espírito livre por dentro, liberto das amarras dos erros, superado estes pelas vias da sublime reencarnação. Interessante, não?

O remorso é um cárcere insalubre, sobretudo quando a criatura apenas fica em seu estágio incômodo, sem nada fazer para dissolver-lhe a existencia por intermédio de uma ação renovadora, uma mudança de postura, uma renovação íntima que proporciona a prática do amor que cobre a multidão de pecados. A correção do rumo, o refazer o que foi feito de maneira infeliz é feliz oportunidade de sair das grades internas para sentir, novamente, o sopro delicado e poderoso da liberdade interna, sob o sol da esperança. Não precisamos permanecer emparedados nos próprios erros ou num genero de vida infeliz. Podemos, sim, edificar uma outra realidade, tão real e forte que nem as traças poderão roer e nem os ladrões poderão roubar.

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