Em todas as épocas, no tocante a autenticidade da faculdade mediunica e a honorabilidade do médium, a maneira como este lida com suas faculdades psíquicas fala muito de sua condição moral e da confiabilidade que se possa ter neste ou naquele sensitivo. Allan Kardec primou sempre pela abordagem a esta questão pois à sua época ( hoje ainda ocorre) era comum aparecerem acusações contra médiuns, tachando-os de charlatão. E alguns o eram. O codificador, dentre outras qualidades, destacava a gratuidade do uso da faculdade, como um dos fatores a previnir possíveis fraudes ou atitudes ilícitas de algum médium. Ao cobrar pela mediunidade, o médiun demonstra, alem de desconhecimento do funcionamento da sensitividade, "baixo " interesse pelo fator sagrado da mediunidade. Ora, os espiritos possuem vontade própria e não são propriedade dos médiuns. Não basta o médiun desejar produzir fenômenos concernentes a Intervenção da dimensão invisível junto aos homens para que ele consiga tal intento. Os que assim agem facilmente tendem a fraudar as próprias faculdades.
Esses são os que podemos chamar de médiuns "sem espíritos". Produzem por si mesmos. E o apóstolo de Lyon fez uma colocação que considero uma imagem perfeita.: médium sem a assistencia dos espiritos é como violonista sem violino. Os médiuns precisam dos desencarnados para que a mediunidade ocorra.
Nunca é demais a precaução no tocante aos possíveis contatos com a outra realidade da vida. O bom senso e o uso da razão nunca são demais. A fase do pensamento mágico precisa ficar para trás. Os adversários da imortalidade, nos dois planos da vida, se utilizam da empolgação pouco racional, do entusiasmo exorbitante e do sensacionalismo pueril para levar ao descrédito a mediunidade e as grandes verdades da transcendencia do existir. Afinal, quanto mais conseguirem manter o ser humano na faixa dos interesses puramente material mais fácil o domínio sobre ele.
Portanto, prudencia e forte embasamento intelectual, alem, claro, de sustentação moral, atraindo os bons espiritos para o nosso lado, a fim de contribuirmos para o efetivo progresso da sociedade terrestre, auxiliando, desta forma, a ampliar os horiontes dos habitantes deste mundo em torno da largueza e profundidade da vida, que não se encontra nas grades estreitas dos sentidos físicos.
Bom, parafraseando o texto bíblico que diz: "não acrediteis em todos os espiritos mas verificai se eles vem de Deus", eu diria, então: "não basta que encontreis um médiun; verificai se ele tem espíritos". Penso que deu para entender o trocadilho, não?
Ficou clarissímo...
ResponderExcluirà medida que o homem evolui (espiritualiza-se) em intelecto e moral, o intercambio de ideias entre as dimensões torna-se "comum", um evento natural ?
Forte abraço
Gustavo Cajueiro
Gostei do trocalhinho...hehe
ResponderExcluirQuando você volta à Natal, Fred?
Abraço,
Cris
Concordo com o Gustavo: ficou claríssimo...
ResponderExcluirQue bom está de volta a esse Blog, estive alguns dias sem poder acessá-lo... nossa faz uma falta!
Grande abraço!