NA LINHA DO TEMPO

Nossa amiga Hilda nos solicita uma abordagem a respeito da questão do tempo no mundo espiritual. E cita uma informação contida em um livro cuja data do reencarne de um personagem não bateria com a contagem do tempo na Terra ( se entendi bem). Vamos tentar colocar a questão, que é um tanto difícil ao nosso entendimento linear e limitado por todas as referencias humanas, da melhor maneira possível.

Todos sabemos que o tempo é um "convenção" humana, face a criação do relógio e todas as formas de relação que desenvolvemos a partir daí. Em verdade, fora da percepção que desencadeamos ante todas as referencias, no universo o tempo inexistiria. Ele simplesmente é. Não haveria o fluxo passado, presente e futuro, ou melhor, tudo seria presente. O passado para trás e o futuro para a frente é fruto da nossa mente atrelada ao relógio e a limitação advinda da matéria. A natureza das vibrações aceleradas do espirito tambem é um elemento para diferenciar essas duas realidades. Aliás, essa não é uma visão apenas espírita da questão. A física, desde Einstein, já questionou a noção de tempo. E os estudos sobre a capacidade premonitória de algumas pessoas corrobora que, para o espirito imortal, a percepção de tempo não segue o fluxo que conhecemos. No mínimo, isso.

Agora vamos entender algumas informações trazidas em obras sérias, como Nosso Lar, a respeito de dia e noite, alem dos horários correspondentes àqueles da Terra, embora estejamos falando de uma cidade espiritual. Vamos lá

A Misericórdia de Deus é tão grande que, a fim de proteger a sanidade mental dos espiritos que evoluem em mundos como o nosso, retardado moralmente e com forte apego as expressões materiais, estabelece áreas de transição, compatíveis com as condições da maioria das almas, objetivando não causar danos que adviriam do choque de referencias. Imaginem desencarnarmos e ao abrir os olhos não encontrarmos qualquer elemento conhecido nosso. Todas as referecias desaparecidas e toda a noção espacial e tempo alterada. Seria enlouquecedor para todos nós. Em Sua Previdência, o Senhor estabeleceu, então, estas áreas que se "moveriam" conforme os padrões humanos, ou melhor, terrenos. O "tempo" seria sentido no mesmo fluxo que o da Terra. Por isso, cidades espirituais na posição vibratória e moral como Nosso Lar, de transição para a dimensão espiritual propriamente dita, apresenta a mesma concepção que o planeta. A mentalidade da maioria dos espiritos que habitam a Terra necessita, ainda, da contagem do tempo como a conhecemos. À medida que a alma se eleva, vai se distanciando desse fluxo temporal e "caindo"na eternidade, onde tudo é presente.

Espero que não tenha sido muito confusa a abordagem. Quanto a questão dos personagens citadas pela Hilda, não poderia emitir qualquer concepção sem conhecer o contexto do livro. A não ser que um dos personagens estivesse habitando um mundo muito evoluido, de vibrações rápidas, consequentemente, fora da noção de tempo e espaço da Terra. Ao reencarnar, com a diminuição vibratória para adptação ao planeta, encararia discrepância entre os dois conceitos de tempo. Basta lembrar que há planetas que, segundo os astrônomos, o ano desses mundos descobertos equivaleria àpenas trinta dias dos nossos, graças ao movimento de translação desses planetas em torno de sua estrela. Isso para reforçar a iéia de que o tempo pode mudar de acordo com fatores diversos, tais como vibração ( caso dos mundos espirituais mais desligados da carne), movimento de translação, etc.