O DESPERTAR DA ÁSIA

Na década de trinta do século passado, Chico Xavier psicografou uma obra encantadora. O livro intitula-se "Emmanuel". São dissertações de seu venerável mentor espiritual abordando diversos temas humanos, soretudo, colocando uma visão de futuro, esmiuçando os problemas da civilização e apontando os caminhos da história. Dentre suas abordagens encontra-se a que ele faz sobre o continente asiático. Detalhando o comprometimento do "velho mundo" - a Europa - com os instinos beligerantes, promotora de duas grandes guerras ( a segunda guerra estava sendo gestada naquele período das mensagens ) e com um grande desenvolvimento da indústria bélica, Emmanuel explicita a hipocrisia da diplomacia da época, em que se pregava a paz e, nos bastidores, se preparava a estupidez da guerra. Fala da falência da igreja em não conseguir chegar ao coração europeu com os valores cristãos, contribuindo para o afastamento do povo das sagradas inspirações de espiritualidade. Dentro do seu raciocinio,o lúcido espirito discorre, então, sobre a Ásia como sendo o continente do futuro, para onde se transportaria os surtos do progresso. A visão Emmanuelina, ve-se hoje, estava correta.

Assisti, agora há pouco, um programa mostrando o desenvolvimento dos países asiáticos, com suas cidades dinâmicas e de arquitetura futurística, suas ruas cheias de vibração. O mais interessante são os projetos de vários países da região para associar o progresso econômico com o mais amplo desenvolvimeto social. Parecem demonstrar a consciencia de que, não adianta só enriquecimento de uma parte da população com indiferença à parte que fica na margem do progresso. Cingapura, China, Malásia (que, calcula-se, será país plenamente desenvolvido em 2020), Hong Kong (pertencente à China mas com estratégia própria), Coreia do Sul, Tilândia, Índia, Vietnan trabalham unidos, criando um mercado único, objetivando, tambem, o pleno desenvolvimento social.

O dinamismo das economias asiáticas vem tirando, anualmente, milhões da pobreza. Investem, cada vez mais, em educação para o seu povo. Emmanuel foi certeiro em sua previsão. Agora, não podem perder a conexão com o valores do espirito. Toda decadencia começa aí. A história é pródiga sobre o fato. Toda sociedade que esquece sua natureza transcendente não se mantem. Vira ruínas, literalmente ou simbólicamente. O Espirito é o sopro criativo e renovador, pai de todo verdadeiro humanismo e de toda a glória da vida.