NOSTALGIA E DEPRESSÃO

Muita gente confunde aquele certo estado peculiar de nostalgia com depressão. A nostalgia pode, sim, levar à depressão, no entanto, são coisas distintas. Nem mesmo a tristeza é depressão. Estou abordando isso porque verificamos essa confusão de estado emocional.

A nostalgia, conforme verificamos nos livros da codificação, pode ter a ver com uma certa saudade da realidade espiritual. Mesmo quem morre de medo de morrer pode apresentar essa condição pois, endependente do pavor da morte, a natureza real do que somos fala mais alto. Alem do mais, deixamos afetos na outra realidade. Nossa história não foi escrita só aqui. Nossas experiencias afetivas mais vigorosas podem estar ou terem ocorridas na dimensão original de todos nós: o mundo dos espiritos. A pressão do dia a dia ao longo dos anos prepara a alma para o anseio à libertação das cadeias da matéria. Isso, porem, é diferente de querer morrer ou, muito menos, de se matar.

Quando se atinge essa situação de desejar evadir-se da vida física é sinal de que o estado nostálgico "fugiu" ao controle, degenerou-se e entrou na fase patológica. Ter saudade de algo indefinível, de um cheiro, de rostos que não sabemos de onde conhecemos ou de uma paisagem que parece marcada na intimidade, é fato que pertence aos seres encarnados, portadores de profundas necessidades espirituais ou que para o mundo vieram a fim de contribuir para o avanço da sociedade em que está inserido. Essa nostalgia deve nos servir de estímulo santo para que venhamos a enfrentar e vencer os obstáculos do caminho. O premio é a vitória sobre si próprio, colocando-se na condição de acessar o "mundo " da nostalgia, o mundo que está registrado no psiquismo de profundidade.

Podemos até sentir esse peculiar estado de alma sem recorrer à fuga e sem enfermar tal sensação. Devemos avançar para merecer os níveis mais elevados a que aspiramos, desta forma alcançando a plenitude da auto realização.