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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

NOSSO LAR E OS LÍDERES CHINESES

O que vou escrever aqui é apenas um pequeno exercício de associação. Não tomem, por favor, como uma afirmativa ou muito menos uma "verdade" constatada. É, no máximo, uma reflexão, uma pequena tese. Ao ler um livro chamado : Tendencias - China, trabalho extremamente interessante sobre o notável país asiático que vem espantando o mundo com o seu progresso, comecei a pensar no que está acontecendo na sociedade chinesa neste inicio de século. Creio que, se algo de inovador está acontecendo em qualquer país deste planeta em termos de construção de uma nova sociedade, é exatamente na China.

Até meados da década de setenta a sociedade chinesa era moribunda. Nada produzia, não tinha dinamismo. Percebendo os ventos da renovação que teriam que chegar em todos os lugares, os líderes comunistas partiram para renovar, reciclar e redirecionar seus passos. Estimularam a criatividade de sua imensa população, aprenderam com outras sociedades, sobretudo o que havia dado certo na ocidental, mantiveram boa parte dos valores chineses estão edificando uma sociedade próspera e dinâmica.

Vale ressaltar que os chineses tem sua cultura e sua maneira de ver o mundo e de se portar em sociedade. Estranhamos, por exemplo, que eles não tenham aportado nas águas de nossa experiencia democrática, com eleições quase todos os anos para eleger seus líderes. Mas, segundo a obra a que me referi, que é de um estudioso daquele país ( prometo que vou postar o nome do autor, do qual não me recordo agora ) eles afirmam estar construindo a chamada democracia vertical, aquele em que não se escolhe seus governantes mas eles, escolhidos numa instância maior, consultam o povo e ditam leis para serem executadas pela sociedade. Não vamos analisar aqui se está correto ou não ou se é melhor ou pior assim do que no nosso modelo; apenas é um modelo diferente, que atende, nos parece, maneira como pensa o chines. É um modelo que vem dando certo, pelo menos, no tocante à conquistas do progresso sócio econômico. Mais de 400 milhões de chineses saíam da pobreza e da miséria dessa forma.

Observando o momento criativo e efervescente da sociedade asiática, comecei a meditar em alguns aspectos da maneira de se construir àquela sociedade e a cidade espiritual Nosso Lar, abordada por André Luiz. Lá, quem escolhe o governador não são os habitantes da colônia. A população da cidade espiritual precisa aprender a pensar no coletivo, tal como tambem o faz a população chinesa.. Pronto. Ficarei por aqui. Não é um quadro comparativo. Não estou dizendo que as duas sociedades são semelhantes e nem que o modelo chines é perfeito. Tem falhas, como tudo o que é produzido pelos homens. Com certeza, temos muito o que aprender com eles, assim como eles aprenderam e ainda aprendem com nossa sociedade ocidental. No fundo, Ocidente ou Oriente são ângulos de um mesmo planeta, que nos abriga para o processo de evolução. Agora, que achei interessante estes dois aspectos semelhantes na fórmula administrativa da China e do Nosso Lar ( guardando as devidas proporções ) ah, isso achei. Quem sabe não assistimos à alguns ensaios na sociedade humana com vistas ao mundo melhor que aspiramos? Poderemos voltar a abordar a questão mais adiante, sobretudo, no tocante à liberdade, ainda tão em falta na sociedade chinesa.

Um comentário:

  1. Caro Frederico,
    sou iniciante na doutrina espiríta, já li várias postagens sua no blog, porém o assunto sobre a China me chamou atenção. Realmente a renovação e o redirecionamento da China é surpreendente, não concordo com ditaduras, mas no entanto as conquistas sócio-economica da China são mais significativas que a nossa democracia brasileira. No nosso regime político democrático muitos parlamentares buscam ganhos pessoais enquantoos os interesses coletivos ficam em segundo plano. Írmão Fred é possível ser politico e ser espiríta.
    José Aparecido.

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