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sexta-feira, 9 de março de 2012

VOCE ACREDITA EM CEGONHA ?

Eu não conhecia o discurso de posse da ministra Meniccuci, aquela que defende o aborto. Li um artigo fantástico de um professor da faculdade estadual de Londrina, Paraná, por sinal, presidente de um centro espirita naquela progressista cidade, que cita trechos da ministra em que ela se refere mais ou menos assim "... que todos devemos lutar e viver...". Bom, o professor que escreveu o artigo foi de uma felicidade extraordinária em sua abordagem, em defesa da vida, naturalmente, contra o aborto. Em cima da colocação que a ministra fez ( e muitos que defendem o aborto tambem ressaltam os direitos humanos, etc ) sobre lutar e viver, ela não deve desconhecer que o feto tambem vive e, portanto, merece os direitos do ser humano.

Quando se argumenta que não legalizar o aborto fere os direitos humanos porque está violando o direito da mulher sobre o seu corpo, podemos lembrar, com certeza, que o primeiro direito humano a ser respeitado é o de viver. E se a mulher tem, sim, direito ou autonomia sobre o seu corpo, não o tem sobre o outro corpo, aquele que está hospedado em seu ventre. Ele não é um apêndice da mãe. É um indivíduo, frágil e dependente, sim, dos cuidados maternos outorgados pela natureza e por Deus como tarefa da mulher que gesta.

Por que se fala tanto nos direitos humanos e procura-se esquecer  que o feto no ventre é um ser humano ? Já escutei alegação de que, enquanto não há consciencia, não seria um ser humano . Quer algo mais absurdo que isso ? Pesquisas mostram que há uma experiencia até emocional no ventre materno. O reconhecimento do bebe à voz do pai demonstrado por uma reação; a calma que invade o bebe ante as palavras afetuosas de sua mãe quando ela conversa afagando a barriga; os chutes dados pelo feto quando ele se movimenta e até elementos que parecem indicar que o feto sonha...não é um ser humano que ali se encontra ? não tem direito para ele, humano, viver, sendo, como é, um ser à parte da mãe ? Tem reações independentes da mãe, reconhece a voz de um pai e de sua protetora, sonha, sorri ( existem filmes que mostram no feto um esgar de sorriso quando parece sonhar ), enfim, possui um coração ( que não é o da mãe ), por que os que tanto defendem ( e isso é belo ) os direitos humanos desejam nega-los aos que já vivem, apenas com a diferença de que se encontram na incubadora do claustro materno, aguardando maior maturidade dos órgãos para enfrentar o aprendizado do "mundo exterior" ?

Será que a ministra e os que fazem movimentos a favor do aborto acreditam em cegonha ou esqueceram que eles mesmos tambem viveram no útero de uma mulher, foram preparados para viver, estudar, amar, e, até, se tornar ministras e presidentes de um país ? será que não lhes pesa nem um pouco a falta de gratidão porque nasceram e estão efetuando suas trajetórias no mundo ?

Ah, mas e a saúde pública ? Será que se deve tratar da saúde publica violando o direito à vida de um ser humano, o feto ? E, como bem escreveu o articulista a que me reportei ( trarei seu nome noutro momento pois esqueci ) não será um problema de saúde pública a devastadora ação do crack e outras drogas ? Não é um problema de saúde pública as estradas que matam mais de trinta mil pessoas e mutilam outras milhares em nosso país ? Não atinge a saúde pública os bilhões que são desviados dos cofres públicos para enriquecimentos ilícitos ou financiamento de campanhas eleitorais, dessa forma, ceifando vidas em hospitais sucateados ou, até, com boa aparencia mas onde falta material de limpeza e profissionais satisfeitos ? Não é problema de saúde pública, uma educação indecente, que estagna milhares de pessoas no carreiro da vida, tornando-as sempre dependentes dos "favores " públicos, vulneráveis à sanha de interesses manipuladores dos que deveriam cuidar para suas emancipações ? E não seria uma questão de saúde publica o alto índice de assassinatos a que se encontra sujeito o cidadão, saíndo de casa inseguro, sem saber se retorna para sua família ?

Não, não é uma questão de saúde pública autorizar o aborto. A política pública seria uma política de grande escala de orientação sobre a sexualidade ( não só distribuir preservativos; isso, tambem ), ofertar às mulheres e ao cidadão como todo, possibilidades para uma vida digna, de sustentação e desenvolvimento e não só de sobrevivencia. Oferecer-lhes horizontes mais amplos e seguros de bem estar, incentivando-o a desenvolver suas potencialidades e dando-lhes uma educação que os torne qualificados para a vida. Com certeza absoluta, a grande maioria das mulheres não desejam o aborto, não aceitam sua liberação e, das que recorrem à ele( minoria), sofrem angustia e desgosto, não porque foi clandestino mas porque elas sabem que ali havia uma vida e a sua natureza maternal não concorda. Por isso que não se deve julgar e muito menos condenar as mulheres que realizam o ato. Elas precisariam de recursos ofertados pelas oportunidades do desenvolvimento pessoal e pelas organizações da sociedade ( pelo menos a maioria delas ) para que não tivessem que recorrer ao gesto de extrair a criança, não desconhecendo, no entanto, que há aquelas que o fazem por qualquer motivo, dentre eles, o de que não era desejado e nem fora planejado.

Temos acompanhado alguns casos de traumas pelos abortos realizados. Foram clandestinos , porem, estavam íntegras em seu organismo, no entanto, psiquicamente, estavam mutiladas. Estariam, ainda que não tivessem sido clandestinos.

Tentarei entender por que os que parecem defender o ser humano, em organizações que primam  pelo respeito aos seus direitos, falam com tanta naturalidade no direito de matar, de usurpar as vidas dos fetos ou, até, de recem nascidos. É uma linha de ação política que se contardiz. Em geral, são simpatizantes de uma idéia extremamente humanista - o socialismo - mas se perdem no báratro das incongruencias, das contradições: o que deveria enaltecer a vida, dá as mãos para o que a anaquila. iveram no ventre e nasceram. São inteligentes. Não creio que acreditem em cegonhas.

2 comentários:

  1. Oi, Fred,

    Sinceramente é bem difícil de entender o que se passa pela cabeça da ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, e muito menos na mente da presidenta DILMA, que se fizermos um paralelo das suas medidas políticas com os outros governos podemos constatar que se assemelha aos períodos de ditadura. Com certeza elas se esquecerem de que um dia elas também foram fetos, que um dia alguém escolheu pela vida delas.
    Um abraço,

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  2. Fred, eu me recordo, quando meu primeiro filho estava na barriga de minha esposa, eu fazia Faculdade e passava a semana fora, mas quando chegava, sempre nos finais de tarde das sextas-feiras, e o feto ouvia minha voz, ele se mexia tanto, a ponto de incomodar fisicamente, a mãe. Aí, eu me aproximava, começava a conversar com ele e a fazer um carinho, daí a pouco, acalmava-se até parar.
    E alguém ter a coragem de dizer que não é um ser humano, tenha santa paciência.

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