Dentro da abordagem referente às grandes almas, há uma que me marcou profundamente. Já falei dela aqui no blog. Foi a irmã Iva, conhecida na minha cidade como Madre Iva. Iva, dos pobres e desesperados. Não desejo mitificar ninguem. Não quero santificar quem quer que seja, até porque ela não era uma santa e jamais gostaria de que alguem se referisse a ela nestes termos. Agora, que era uma grande alma, isso era. E vai me perdoar sua humildade, lá nas regiões espirituais onde se encontra no momento. Desencarnada há mais de dez anos, Iva foi um coração que não apenas construiu uma instituição respeitável de abrigo aos idosos abandonados aqui no Cabo de Santo Agostinho, como beneficiou muitos necessitados, principalmente do populoso bairro onde se situava o Abrigo São Francisco de Assis.
Muitas vezes ia até o abrigo reabastecer-me. Chegava de viagem e ia até lá visitar os velhinhos, aproveitar o forte magnetismo que envolve aquela casa ( ainda hoje é assim. Estive há dois dias lá e é um dos lugares de grande paz que tive oportunidade de conhecer ). As conversas que tínhamos até hoje me encantam. Madre Iva, em seu hábito de freira simples, me falava até das conversas que mantinha com os espiritos. Eles, me dizia ela, sentavam em sua cama quando de seu repouso, e a orientavam como resolver certas dificuldades administrativas da obra.
Iva deixou um bela história de entrega, de amor. E legou a mim um mensagem vigorosa de perseverança. Sua própria vida foi um hino de superação, desde a paralisia que a vitimou durante oito longos anos, até as enfermidades que teve que suportar. Uma grande alma, sem dúvida.
Pegando carona nessa ideia concernente às grandes almas, lembro-me da auxiliar de serviços gerais que coopera conosco aqui, no lar onde me encontro residindo... Uma bela alma, generosa e humilde de coração, não obstante ser portadora do analfabetismo limitador, mas, em se tratando de valores nobilíssimos d'alma, é Professora Universitária...
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