É preciso mudar a importância que se dá a muitas coisas. O conceito antigo de desenvolvimento de um país era da geração de riqueza, o PIB - Produto Interno Bruto - que é a soma de toda riqueza, todo o bem e serviços produzidos pela coletividade. Nos tempos atuais, tempos de inúmeros questionamentos, já não se aceita que crescimento econômico seja confundido com desenvolvimento. Este tem a ver com a qualidade de vida dos cidadãos, seu acesso à cultura, aos serviços públicos e ao lazer. O pib, nas nações mais avançadas, modernas, conquanto continue sendo auferido, já não representa o indicador principal para avaliar os caminhos que uma nação está trilhando no campo do desenvolvimento. Já estamos na era pós industrial, ou da indústria limpa, a era da economia do conhecimento. E um pais desconhecido da grande maioria da humanidade traz uma contribuição fantástica à civilização: o Butão, nação localizada nas fronteiras com o Nepal, perto do Himalaia, na Ásia. Lá, o país definiu como indicador de seu desenvolvimentro não o PIB mas o FIB - Felicidade Interna Bruta. Em pesquisa realizada no planeta, o Butão foi catalogado como aquele em que seus habitantes estão entre os mais felizes da Terra.
Claro que o BUTÃO não deve ser o modelo a ser seguido por todos no que diz respeito à geração de riqueza. É um país pobre dentro desse conceito, no entanto, sua preocupação com a qualidade de vida de seus habitantes, com sua felicidade e com a valorização da família, convida à uma reflexão por parte das outras nações. O que podemos aprender com este desconhecido país, perdido nas gélidas entranhas do Himalaia ?
Aqui em Pernambuco assistimos aquilo que fere a dignidade do ser humano: face à Suape, o complexo industrial e portuário em franco desenvolvimento, que contribui para a multiplicação do PIB deste Estado, muitos trabalhadores vivem amontoados em residencias alugadas pelas empresas, em condições muitas vezes degradantes. Longe dos familiares, vivendo sem maiores expectativas de qualidade de vida, pensando no salário apenas como referencia de vida, esses trabalhadores se candidatam, os que não tenham uma estrutura de valores ou de religião, a uma degradação intensa na própria vida. A violência aumenta na região desse gênero de cresimento economico. A prostituição cresce ( vivemos isto aqui, na cidade do Cabo de Santo Agostinho ) e a drogadição dissemina-se. Hoje, jovens de 12 à 18 anos são os alvos prediletos dos traficantes. São os "filhos de Suape ", da concepção do dinheiro acima de tudo. Que os nossos governantes possam rediscutir os conceitos e contribuir para a superação de um modelo quase bárbaro, indutor de uma forma primitiva de viver. Precisamos entender que o FIB necessita estar junto com o PIB, para o respeito ao ser humano e seu desenvolvimento como individuo, filho de Deus.
É de extrema coereência a sua colocação. Vivendo a era do "ter para ser". Tenho visto experiências de destruição da famíla ocasionada pelas distâcias que o trabalho impõe, não permitindo aos chefes de famílias estarem juntos dos seus por tempo suficiente para participar da EDUCAÇÂO da família. As drogas cada vez mais baratas e destruidoras... É preciso repensar o crescimento do PIB e relaciona-lo com a saúde da sociedade, a saúde da família.
ResponderExcluirPrezado amigo,
ResponderExcluirVi esta reportagem (com Glória Maria). Realmente, muito apropriado tratar a felicidade dos habitantes com indicadores concretos de felicidade, no Brasil isso é tratado com os indicadores da infelicidade (pessoas stressadas, que buscam os consultórios médicos) que não falam se existem pessoas feliz (não estar infeliz, não quer dizer que estamos feliz) .
Penso bastante , e ai lembro da sua postagem UNICIDADE e EUROPA, de quando estivermos ligados pelas grandes instituições universalistas, trocando modelos de gestão dos recursos tecnologicos, humanos e espirituais.
Forte Abraço
Gustavo Cajueiro