Pode soar estranho mas muitas vezes necessitamos ter mais de uma "encarnação" numa mesma reencarnação. Isso se dá, como vocês já devem imaginar, quando a vida nos convida à uma reavaliação dos próprios passos. Quando a mudança é profunda, arrojada ante as dores ocasionadas por perdas intensas, somos levados quase a ser outra pessoa. Essa metamorfose, em alguns casos, chega a ser extrema. Uma pessoa se transmuta em "outra". Quem a conheceu antes da mudança, impressionado, se refere ao fato com evidente surpresa.
Paulo de Tarso é um bom exemplo dessa natureza. Maria de Magdala também se encaixa no perfil. Milhões de anônimos passaram pelo fato. Frustrações, desencantos agudos e desilusões extremas propiciam esta "nova encarnação" no mesmo corpo. A dinâmica do progresso traz, em si, essa possibilidade de restauração da própria vida, às vezes, em mudança radical.
Não tenhamos receio de mudar, de maneira consistente, quando as lições nos convidarem nessa direção. "Morrer" numa encarnação e "renascer" numa edição revista e melhorada no mesmo corpo sinaliza que ansiamos ascender, aperfeiçoar e iluminar-se com a consciência de que não estamos "prontos ainda. Há muito que aprender. Há muito que transformar.
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