O PROBLEMA DA SALVAÇÃO

Grande parcela da humanidade adere uma denominação religiosa movida pelo desejo da salvação, sem maiores preocupações, ate mesmo, com a vivência dos postulados relacionados à igreja a que se vinculou. O menor esforço predomina pois é mais fácil para a consciencia adormecer na crença que a atitude externa resolve o problema existencial do que empreender mudanças fundmentais na construção do ser renovado, conforme preconiza Jesus em seu Evangelho. É mais fácil acreditar que a simples presença à um templo em reuniões semanais fornece o direito ao céu do que acrisolar virtudes que solicitam esforços de perseverança. É mais fácil acender uma vela, levantar a mão ou tomar passes do que perdoar e servir, ser humilde e generoso, pagar o mal com o bem.

E o que dizer da atitude egoística quando nos preocupamos com a própria salvação, indiferente à dor da humanidade ? Quão distante isto está da essência da Boa Nova...! " A fé sem obras é morta ". O texto bíblico já nos afirma assim. Fica evidente que Jesus e seu Evangelho profundo são desconhecidos da própria maioria da cristandade. Louvamos por fora e ficamos distantes por dentro; declamamos a fraternidade nos templos e esfriamos na nossa relação com o próximo, sobretudo quando este não faz parte de nossa forma de crer; exaltamos o amor de Deus e tratamos o outro como jamais desejaríamos ser tratados. É assim, voltados para dentro das próprias necessidades, que encastelamos nossa crença em um castelo de ilusão, aprisionados num cristianismo anêmico, sem acolhimento, sem ternura, sem solidariedade...é como livro sem letra, caneta sem tinta, família sem amor...para nada serve. Está desnaturado, sem função.

Concluo essa abordagem, solicitada pela amiga Fau, recordando uma frase do Senhor : "Aquele que deseja ser o maior no Reino de Deus, seja o servidor de todos ". Para que escrevermos mais, não é verdade ?