Interessante observar as almas de alta estirpe, de alta qualidade, que se apagam para que outras, cheias de trefas amplas junto à humanidade, possam brilhar e cumprir sua mssão. Passam despercebidas da sociedade ou com pequena citações, como se tivessem pouca importância ou qualidades. Já citei aqui a mãe de Jesus, alma de grandeza incomensurável. Lembro agora aquela que permitiu que viesse ao mundo o "sol" de Assis, o cândido Francisco. A singeleza de Maria João de Deus escondia sua grandeza atrás da missão de amor do Chico Xavier. E as mulheres que se "apagaram" para que seus companheiros irradiassem nova luz para a humanidade.
As mulheres tem o poder de sustentar o mundo sem estardalhaço, personalismo e no silêncio mágico das grandes almas. Carregam uma consciencia tranquila colocando a tarefa acima dos louvores da sociedade. A história está recheada desses exemplos e mereciam ser estudadas nas escolas como estímulo à uma cultura de paz. Os fastos da história são carregadas pelos guerreiros e pelas invasões que fizeram a expressão do nosso planeta atrasado. E continua-se a valorizar o primitivo nos estudos sociológicos, políticos e culturais, alem de se deter nas infelicidades perpetradas pelas religiões. Não que não se deva analisar o fato histórico, absolutamente, mas por que não descobrir o grande aprendizado ético que adviria se fosse permitido aos nossos jovens estudar, adequadamente, os perfis psicológicos desses espiritos e seu pacifismo operante, dinâmico, concreto e realizador ?
Há muito que beber nessas vidas aparentemente apagadas, essas "sombras" luminosas que aqueceram os grandes missionários com o poder de suas renúncias, de seus sacrifícios, de suas vidas tocadas por um imenso poder de amar...e o amor não conhece força maior. Há muito que aprender com esses olhares cheios de piedade e ternura e esses corações tomados por uma coragem não exibicionista, carregada de um encanto de outro mundo, uma feérica luz de outras dimensões. As "sombras" que iluminaram almas de luz ainda podem clarear os valores de homens e mulheres de hoje, tão carentes de despreendimento e de sentido para o viver. É preciso dar uma chance à essas vidas para que possamos contribuir ao aperfeiçoamento da coletividade onde aprendemos e evoluímos, crescemos e avançamos, ao longo de tantos séculos.
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