Você acessou o Blog de Frederico Menezes. Desejamos que seja ele de utilidade aos que lutam para construir um mundo melhor para todos.
sexta-feira, 29 de julho de 2011
RECORDE
Alcançamos a marca: Sessenta mil acessos em nosso blog. Sessenta mil olhadas na luz do pensamento espirita e espiritualista. Sessenta mil aspirações pelo bem, pela paz, pelos sonhos de bailar em pleno amor. E tem vaga para mais, não acham ?
Aqui eu te amo. Nos escuros pinheiros se desenlaça o vento. Fosforece a lua sobre as águas errantes. Andam dias iguais a perseguir-se.
Descinge-se a névoa em dançantes figuras. Uma gaivota de prata se desprende do ocaso. As vezes uma vela. Altas, altas, estrelas.
Ou a cruz negra de um barco. Só. As vezes amanheço, e minha alma está úmida. Soa, ressoa o mar distante. Isto é um porto. Aqui eu te amo.
Aqui eu te amo e em vão te oculta o horizonte. Estou a amar-te ainda entre estas frias coisas. As vezes vão meus beijos nesses barcos solenes, que correm pelo mar rumo a onde não chegam.
Já me creio esquecido como estas velha âncoras. São mais tristes os portos ao atracar da tarde. Cansa-se minha vida inutilmente faminta.. Eu amo o que não tenho. E tu estás tão distante.
Meu tédio mede forças com os lentos crepúsculos. Mas a noite enche e começa a cantar-me. A lua faz girar sua arruela de sonho.
Olham-me com teus olhos as estrelas maiores. E como eu te amo, os pinheiros no vento, querem cantar o teu nome, com suas folhas de cobre.
Aqui eu te amo.
ResponderExcluirNos escuros pinheiros se desenlaça o vento.
Fosforece a lua sobre as águas errantes.
Andam dias iguais a perseguir-se.
Descinge-se a névoa em dançantes figuras.
Uma gaivota de prata se desprende do ocaso.
As vezes uma vela. Altas, altas, estrelas.
Ou a cruz negra de um barco.
Só.
As vezes amanheço, e minha alma está úmida.
Soa, ressoa o mar distante.
Isto é um porto.
Aqui eu te amo.
Aqui eu te amo e em vão te oculta o horizonte.
Estou a amar-te ainda entre estas frias coisas.
As vezes vão meus beijos nesses barcos solenes,
que correm pelo mar rumo a onde não chegam.
Já me creio esquecido como estas velha âncoras.
São mais tristes os portos ao atracar da tarde.
Cansa-se minha vida inutilmente faminta..
Eu amo o que não tenho. E tu estás tão distante.
Meu tédio mede forças com os lentos crepúsculos.
Mas a noite enche e começa a cantar-me.
A lua faz girar sua arruela de sonho.
Olham-me com teus olhos as estrelas maiores.
E como eu te amo, os pinheiros no vento,
querem cantar o teu nome, com suas folhas de cobre.
Pablo Neruda