ARQUEOLOGIA ESPIRITUAL

Considero a arqueologia uma das mais belas ciencias que temos. Alguns podem indagar para que ficar remoendo o passado. Não, não é uma questão de ficar olhando para "um monte de coisas velhas". É uma questão de memória, de possiblidades de aprendizado magníficas. Escavacar nosso passado civilizatório é buscar entender nossa própria construção e daí se pode tirar grandes lições. Por exemplo, ficar atento para não repetir o que possa ter desencadeado certas dilacerações de sociedades mortas.

Emmanuel, o notável orientador espiritual que todos conhecemos, fez um belo trabalho de arqueologia espiritual em sua obra "A Caminho da Luz". Vale a pena mergulhar em suas páginas e viajar na nave das recordações, das recapitulações que ele faz, retomando a grande odisséia do aprendizado humano na Terra, desde as eras mais remotas até a contemporaneidade. E lembramos que, na verdade, é nossa trajetória que temos ali. Quantas dores e aprendizado ao longo dos séculos e civilizações! Quantas lições magníficas despontam aos nossos olhos nessa arqueologia transcendente! Se tivermos sensibilidade mais acurada, perceberemos o encadeamento dos fatos, a atracação dos acontecimentos uns aos outros dentro da lei de causa e efeito que atinge as individualidades e os povos...

Postei a descoberta das piramides na região próxima ao Japão. Assisti ao filmete em que aparecem os mergulhadores encantados com a descoberta. Como teria sido a vida dessa sociedade? O que foi e como foi o aprendizado daquele povo ? Independente de serem ruínas de uma das civilizações lendárias da humanidade, há uma energia instigante ao nosso intelecto e às nossas emoções ante as construções submersas. Saber ler no grande livro da vida e nas dobras do tempo é expressão de sabedoria.Olhar o nosso passado, com olhos de aprendizado, é fator desencadeador de profundas e elevadas meditações. Em verdade, viajamos para o futuro glorioso vasculhando o passado, aprendendo com ele e nele criando referencias, marcos para mudança e aperfeiçoamentos dos valores. Nossa jornada da opressão dos equívocos para a liberdade das  virtudes encontra-se impressa nas dobras do tempo. Da sombra para a luz, dos medos para a segurança, do atraso para o progresso, da doença moral para a saúde integral. Eis nossa epopéia.