Foi aprovada, como era esperado, a legalização do aborto em casos de anencefalia. O fato de estar legalizado não implica dizer que todos os pais optarão pelo aborto. O que nos preocupa é verificar a limitação da visão de nossas autoridades à respeito da vida. Eles não julgaram por maldade. Não devemos nutrir pelos nossos juízes qualquer sentimento nocivo. Não foi um coração ruim que os levou à posição que tomaram. Penso que o resultado desse julgamento nos leva a verificar a urgencia que temos, como convictos da imortalidade da alma, dos princípios superiores da vida, de melhor propagarmos o pensamento espirita para a humanidade. Colaborar para ampliar a visão dos que tem poder de interferir sobre a vida pelo ato de estabelecer leis é compromisso que devemos abraçar com abnegação e pleno devotamento mas, tambem, outros seguimentos sociais e profissionais, do mais alto escalão da administração publica ao cidadão mais simples, a fim de que não sejam manipulados com informações que não corresponde a realidade ( Vejam as manchetes dos jornais para terem uma idéia do que quero dizer: aborto de feto SEM CÉREBRO deixa de ser crime) e desenvolva ele um senso ético de respeito à vida mais agudo e humanitário.
Muita gente que apoia qualquer forma de aborto não o faz por indiferença à vida. É que sua compreensão do que é uma vida está limitada por uma concepção eminentemente materialista. Ocupar espaços de esclarecimento, com a serenidade imprescindível, é o que nos cabe. Não devemos e nem precisamos ficar magoados ou muito menos condenar quem quer que seja que não comungue com nossa visão de mundo e da vida. Estamos no bom combate e nele permaneceremos. Nos preparemos pois dentro em breve teremos outras tentativas de legalizar outras formas de aborto. É o plano. Com o apoio de autoridades do país, apoios poderosos. Defendamos a vida com denodo mas com sentimento cristão. A mansuetude não quer dizer omissão e a brandura não se coaduna com a inércia. Pela lei de evolução, ao final, a verdade vencerá. O que desejamos evitar é o mal por muito mais tempo, evitando, assim, que muitos espiritos percam a oportunidade abençoada de que carecem para avançar nas experiencias da carne em função do materialismo ainda reinante. Entendemos, no julgamento em pauta, o drama que, certamente, deve envolver muitas mães ante a informação de que seu filho apresenta-se com má formação cerebral. Tem cérebro mas não completo, bem formado. Nossa tarefa é enfatizar que a vida, no entanto, ali se encontra, que ele é um ser humano e, conforme o conhecimento espirita, é uma alma que, por motivo existente, renasce naquela condição.
Permaneçamos atentos. A luta em defesa da vida prossegue. E se os nossos homens publicos são sensíveis à perda do voto, então, essa energia dos milhões em nosso país que não apoia o aborto se posicionando através da atitude de não votar em quem apoie o aborto, já será um início para frear o avanço do problema. Eduquemos, ao mesmo tempo, o povo. Esclareçamos. Informemos e cobremos das autoridades o compromisso para com a vida.
Que Deus nos ajude a entender como poderemos ajudar sem julgar; auxiliar sem apontar; lutat sem ferir.
ResponderExcluirQue a Espiritualidade de Luz esteja ao nosso lado, como mestres da sabedoria, discípulos do Grande Mestre dos Mestres, para nos orientar na nossa ignorancia.
Que Ismael, o Anjo do senhor abençoe a nossa Pátria Querida!
ResponderExcluirOlá, Fred
ResponderExcluirGostaria de deixar registrada a minha opinião sobre a decisão majoritária do STF sobre o aborto eugênico, a qual considero extremamente equivocada e lastimável.
Ressalvados os votos dos Ministros Ricardo Lewandowski e Cezar Peluso que, proferindo os dois únicos votos contrários, tiveram a lucidez de considerar (além dos argumentos dos que defendiam ) a ausência de competência legal do STF para, através de suas decisões, criar novas condições normativas no lugar do Congresso que há muito tempo se esquiva de fazê-lo. Além de reconhecerem que não há "malabarismo hermenêutico ou ginástica de dialética" que fosse capaz de conduzir a justificativa de impor “pena capital ao feto anencefálico”, reduzindo-o à condição de lixo ou de alguma coisa imprestável, um incapaz de pressentir tal agressão e de esboçar qualquer tipo de defesa.
Considero os votos desses dois ministros dignos de leitura e reflexão .
Pena que a imprensa não divulgue amplamente os casos de crianças diagnosticadas como "anencéfalas" e que chegam a viver meses e anos, recebendo e dando amor aos seus pais. Uma delas, a Vitória, esteve com seus pais na frente do STF para defenderem o direito dessas crianças à vida.
É absurda a ideia de reservar para a mãe o direito de matar o próprio filho. Muito menos realizar estes atos sob as custas e tutela de um Estado que garante "a inviolabilidade do direito à vida [...]"(CF, art.5). Esse trecho do artigo pétreo (art.5) de nossa Constituição Federal foi violentado pelo órgão judiciário máximo que possui a competência de garantir a sua guarda.
Um grande abraço