Remota às tradições mais antigas a expeiencia do batismo. Na verdade, é uma prática simbólica, de características iniciáticas nos seus primórdios. Doutrinas secretas e esotéricas adotavam a prática para indicar a ascenção do candidato à novos patamares de evolução. No judaísmo, ganha conotações de purificação, indicando que, a partir daquela data a pessoa seria outra, renovada e quebrando os vínculos com o passado. Não por acaso, causou perplexidade em João Batista o fato de Jesus apresentar-se ao batismo no rio Jordão, sob a tutela do profeta do deserto. João não encontrava sentido no batismo do Senhor pois este era imaculado, límpido, puro. Ele, o batista, é que se sentia necessitado de ser batizado por Ele, face a perceber-se falho , ao contrário de Jesus. Mesmo assim, tanto para fortalecer a missão de João quanto para mostrar respeito àquela prática do povo judeu, o Mestre demonstra profunda humildade e diz que assim deveria ser.
Com o catolicismo, o batismo tomou outa feição. Não mais sendo utilizado para simbolizar um novo ser, regenerado, mas passa a caracterizar, nas crianças, sua adesão ao cristianismo e, consequentemente, evitando o perigo de morrer pagã, tendo, assim, vedada a porta dos céus para a criança ( e o ser humano como um todo ) que não houvesse se submetido ao ritual.
Na essencia, o batismo verdadeiro seria, na ótica das grandes iniciações, o compromisso efetuado entre a alma e a sua natureza transcendente, um compromisso de renovação. Por isso que Jesus trazia o batismo pela luz. Seria a luz da renovação, sem qualquer aparato externo. O seu batismo era na intimidade dos que desejassem adorar a Deus em espirito e verdade. A conquista do Reino da luz que se encontra em nossa intimidsade: eis o verdadeiro batismo. À medida que ascendemos espiritualmente, nos desvencilhamos de qualquer prática ritualistica, qualquer mecanismo de sinal material. Tudo ocorre por dentro do ser. Batizado pelo amor, alteramos os valores internos e a adesão aos céus se dá mente e Universo. Por esse motivo, o Espiritismo não possui qualquer prática nesse sentido, tal qual Jesus jamais batizou quem quer que seja.
Oi, Fred,
ResponderExcluirInteressante você falar sobre o batismo. Outro dia desses, estava refletindo sobre o comércio que se transformou esses rituais da Igreja. Pagar para Batizar? Pagar para se casar? Pagar para falar o nome do desencarnado na missa? Como assim?
Eu até entendo que as Igrejas precisem de colaboração da sociedade para se manter, assim como a maioria das religiões, mas essas taxas são absurdas! Se fosse algo simbolico, mas não é assim que acontece.
Me perdoe o desabafo, mas realmente é algo que não consigo entender...
Abraço,