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sábado, 16 de abril de 2011

TER COISAS, SER ALGUEM

Ao longo dos séculos, ou melhor, dos milenios, durante os lentos passos da evolução, o ser humano tem privilegiado a natureza material em detrimento da sua essencia, de sua origem espiritual. Temos procurado ter coisas e não, ser alguem. Claro que muitos afirmam que querem ter coisas para ser alguem. Na cultura hedonista, esse é o raciocínio. Esta forma de pensar, no entanto, vem sofrendo abalos em sua hegemonia. Ser alguem, no sentido mais belo e profundo da vida, é priorizar os valores que se estendem ao infinito. É o que Joanna de Angelis, espírito, chama de "ser".

A posse dos fatores externos não garante o domínio sobre si mesmo. Quem apenas tem coisas, quase sempre se torna escravo do que tem. Quem amadurece e investe no que pode ser, estimulando sua natureza transcendente, passa a administrar qualquer bem material que venha a cair em suas mãos. E já encontramos muita gente dentro desse aspecto. São pessoas com posses materiais, porem, altamente espiritualizados, direcionando suas aquisições materiais na direção dos que mais necessitam.

Ter coisas não é, em si, um erro. Crer que isso é o primordial é que caracteriza distorção. Ter coisas é muito pequeno. Não segue com o caixão. Não acrescenta nada a alma. O que se faz com o que se "tem" é que define o nível do que se é. E quando falo em ter coisas, até quem tem pouca coisa pode sinalizar que se encontra prisioneiro nas grades da matéria, na prisão do culto ao corpo, aos sentidos materiais. Ter coisas e ser alguem é sinal de equilibrio; ser alguem antes de ter coisas é mais importante; ser alguem e nunca ter coisas não impede de se crescer, de se ampliar, de se enriquecer com os tesouros que as traças não roem, a ferrugem não corrói e os ladrões não roubam.

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