Lembram da tese que levantei sobre o Humanismo Espiritual ? caso não recordem, deem uma olhada em postagens de alguns meses atrás, por favor. Volto à tese para fazer uma reflexão a respeito dessa nova estruturação social e política e a questão do meio ambiente, questão essa tão em voga em qualquer debate do pensamento humano na atualidade.
Criamos falsas necesidades pela sistemática antiga, materialista, de ver e viver a vida. Produzimos coisas úteis para a civilização, com expresivos avanços da nossa ciencia, no entanto, a sofreguidão pela posse, a forma "gulosa" da maneira de consumir, criou falsas naturezas e anseios desnecessários para o ser humano. Temos sido predadores da natureza, numa relação violenta e injusta para com o ambiente que nos ampara generosamente. Violentamos esses recursos, poluímos os elementos da natureza e esgotamos valores não renováveis em nome do consumo exasperado.
No mundo futuro, creio, como resultado do processo de espiritualização do homem, a relação para com os ecossistemas será harmoniosa, equilibrada, própria de quem se apercebe que a natureza é todo um complexo vivo, que respira e exala bondade para com as formas vivas existentes. O ser espiritualizado torna-se moderado em suas necessidades e não desenvolve falsas carencias exatamente em função dessa moderação. O humanismo espiritual da nova era resplandecerá em todas as experiencias da civilização. O ser vivo terá fantástica importância para a sociedade e não apenas o ser humano. A generosidade irá se tornar a marca da relação do homem para com tudo o que o cerca.E nos envergonharemos de sacrificar a beleza da natureza por privilegiar os excessos da aparência ou para os exageros da matéria.
É uma relação visceral, intrínseca: quanto mais luz do bem na alma, mais vive-se em harmonia com o universo, naturalmente, para com tudo o que representa a criação.
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