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quinta-feira, 13 de junho de 2013

CRONICA DE UMA ÉPOCA CONGELADA

Um amigo me confidenciou que, ao assistir um filme sobre futebol na década de oitenta, sentiu uma grande nostalgia o envolvendo. Foi um período bom de sua vida, diferente da década seguinte onde, segundo ele, cometera alguns deslizes em sua vida, o que muito o incomodava. Desejava, assistindo o filme, ter o poder de congelar aquela época para que não viesse a cometer os erros que produzira. O remorso o queimava por dentro. Por ser espírita, mais aguda se tornava a consciencia dos equívocos. Procurei mostrar a ele que essa mesma doutrina era consoladora e que nos ensinava duas coisas importantíssimas: o amor cobre a multidão de pecados e que os erros são lições fundamentais para nossa trajetória, agregando conhecimento e experiências, geradoras de sabedoria.

Quantos de nós não desejaríamos, talvez, congelar determinados períodos de nossas vidas! natural que ansiemos carregar muito mais acertos que erros, no entanto, será que isso já não ocorre? Será que não enfatizamos muito mais o que é ruim ou equívoco em relação a possíveis acertos do caminho? Claro que devemos estar abertos e sinceros para reconhecer os erros, afinal, estamos aqui para aperfeiçoarmo-nos e isso passa pela descoberta e reconhecimento de nossas falhas, procurando cada dia ser melhor do que, por ventura, fomos no dia anterior, domando nossas más inclinações, no entanto, necessário não se tratar como um trapo e enfatizar o poder que temos de refazer, reescrever nossa história. E não precisa deixar para a próxima encarnação.

Procurei reforçar no amigo que desejava congelar a vida no período em que não havia, ainda, cometido alguns desatinos ( na sua expressão ) a importância da dinâmica da existencia e que o Senhor do Universo nos dá infinitas possibilidades de refazimento. O gande objetivo de Suas Leis é fazernos alcançar a plenitude, jamais nos punir. Todos erramos, absolutamente todos. Se torturar com erros cometidos indefinidamente é perpetuar males que poderiam ter outra presença em nossas vidas. Aprender com os equívocos, é sábio. Viver atormentando-se com eles, é improdutivo. Focar a vida no bem que podemos fazer e no aprendizado de cada dia é dar-se instrumentos de felicidade, poder de reação e elementos propiciadores de virtudes consistentes.

Não precisamos congelar nenhuma época de nossa vida. Cada época tem sua importância, até mesmo aquela em que não fomos tão felizes na nossa maneira de proceder. Entendo o que ele quiz dizer, porem, entendo o que nos diz o espiritismo, em nos revelando o Amor incondional de Deus. Aproveitemos cada dia que temos de nossa atual encarnação para produzir o melhor que podemos. Não podemos voltar a trás, no entanto, podemos e devemos edificar o futuro com o presente de que dispomos, cheio de oportunidades lindas de aprendizado e vida, vida em abundância.

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