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quarta-feira, 4 de junho de 2014

A FIGUEIRA ESTÉRIL

Ontem, na Asseusf, tive a oportunidade de abordar a parábola da figueira estéril. Um dos trechos mais emblemáticos do evangelho. Tive a oportunidade de mostrar que a passagem é mostrada como parábola que é uma história fictícia narrada com objetivo de se extrair um fundo moral. Jesus utilizava muito este recurso iluminativo, pedagógico. Naturalmente eu tenho dificuldade em ver Jesus, espírito mais puro que a Terra conheceu, nosso governador espiritual, como bem o define os espíritos superiores, amaldiçoando qualquer criação divina. Nem mesmo amaldiçoando. Há uma simbologia muito bem explicada no capítulo 19 do Evangelho segundo o espiritismo. Representaria,  a figueira que secou, tudo aquilo que traz apenas o verniz social sem aprofundamento e veracidade. E como tal, não subsistirá. Será arrancada e "jogada fora". 


Refere-se Kardec aos que falam bonito sem vivência daquilo que fala, ou dos que possuem recursos para serem úteis e não o são. São figueiras cheias de folhagem mas que não produzem frutos. Há mais superficie do que profundidade, mais aparência do que conteúdo. Tratando do tema ontem à noite, não pude me furtar em tirar proveito da abordagem. Digo sempre que o mais beneficiado das palestras é aquele que a faz, se souber tirar para si o conteúdo daquilo que aborda. Podemos, sempre, ser útil à humanidade. Não importa que nossa ação não abranja toda a humanidade. Se atender um só coração ou a comunidade menor a que estamos vinculados, já será um fruto produzido.  Nossa existencia terá mais sentido na medida em que ampliamos o senso de entrega, de compartilhamento. Nem sempre quando nos voltamos apenas a nos atender, atendemos a sociedade, porem, sempre que atendemos a comunidade humana, estamos nos atendendo dentro dos postulados superiores da vida.


Para a Grande Lei, o coração que se volta em ser útil ao semelhante é digno de maior cota de talentos, ou seja, de ampliação dos seus recursos pois poderá ampliar o socorro às necessidades da civilização. Quanto mais amor na alma, maior poder de crescimento espiritual, irradiando melhor para o universo. Quanto mais o espírito evolui maior cota de liberdade e poder ele conquista, servindo em campos mais vastos do plano divino. O infinito lhe pertence. Como figueiras de Deus, observemos se apenas temos folhagem abundante. O mais importante é verificar se temos frutos a oferecer à humanidade.

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