CEMITÉRIO ILUMINADO

O chamado Campo Santo sempre recebeu dos homens a impressão lúgubre, depósito de entes queridos, casa dos mortos, etc. E se nosso olhar consegue enxergar outros prismas, ângulos de percepção graças à doutrina da imortalidade?

Estive, hoje pela manhã, no campo santo da minha cidade. Fomos sepultar a "roupa" utilizada pela nossa dedicada Tia Zel. Muitos amigos encarnados e outros tantos fora da matéria, inclusive, querida amiga, amparada pelos seus benfeitores abnegados. E observando as diversas lápides, desde as mais simples àquelas mais luxuosas, entreguei-me a uma observação acurda sobre o ambiente. E não detectei, àquele momento, qualquer expressão lúgubre. Não foi devido o sepultmento da amiga. Claro que isto ajudou, porem, refiro-me ao largo serviço de auxílio desencadeado pelos bons espiritos em nome do sublime amor, junto aos que ainda não haviam conseguido superar o medo do "desconhecido", após a morte. Em toda a parte há movimento, vida, vibração. Como nos assevera a codificação, não há vácuo ou vazio no universo. Por que haveria de existir no cemitério? Muitas vezes, pelos clichês referentes à natureza e objetivos do campo santo , associamo-lo às almas penadas ou ao descanso eterno. Quanto as almas presas por aqui, sim, é fato que existem naquela localidade, daí as tarefas caridosas efetuadas por dedicados cireneus do alto. Descanso, no entanto, não cabe aonde pulsa atividades. A vida da alma é contrária inatividade.O cemitério estava iluminado pelo trabalho, pelo amor, pelo bem produzido junto aos angustiados após o túmulo. La´, podemos dizer que os "mortos" tambem brilham, com o brilho dos que servem e trabalham em nome de Deus.

O Espiritismo amplia a visão e detecta que todo lugar pertence à Deus, por isso, vige a luz em nome do eterno amor.