ESPIRITISMO NÃO É HERMÉTICO

O grande pensador espirita, Deolindo Amorim, em um dos seus magistrais artigos, faz uma confrontação entre a essencia do espiritismo e a rede de conhecimentos que a civilização vem desenvolvendo ao longo de sua trajetória. E ele coloca com a pujança de sua inteligência o fato de que tudo interessa ao espiritismo. Todas as descobertas científicas, toda a elucubração filosófica, sociologica e antropológica. Todas as expressões do pensamento humano tocam diretamente o interesse da cultura espirita. O Espiritismo não é uma doutrina hermética, fechada, encastelada em sua torre de marfim, ao contrário, está aberta para, inclusive, incorporar descobertas e conhecimentos que estejam aptas a somar no edifício da verdade. Encontra-se pleno para dialogar com a vida e com o movimento dos homens.

Não se pode perder a curiosidade intelectual, muito menos sob o pretexto de já ter suficiente conhecimento porque se é espirita. Isso é frontalmente contrário ao próprio espiritismo. Estar em dia com as "coisas" é conceder a si mesmo tesouros de esclarecimento e oportunidade de aprofundar o conhecimento doutrinário que se traz. É uma doutrina dinâmica, pujante, vigorosa, aberta à toda sorte de informações, que faz passar pela fieira do bom senso e da razão. A cultura em todas as suas variantes deve nos interessar pois representa elemento dos mais eficientes na consolidação da sublime fé raciocinada.