CHAGAS QUE NÃO CICATRIZAM

No estágio espiritual da maioria dos habitantes da Terra, existem feridas que parecem estar em permanente hemorragia. São chagas abertas por dores profundas, causadas por outrem ou por nós mesmos. Sim, porque existem feridas que causamos nos outros e que nos machucam itensamente, alem das que abrimos por baixa auto estima e complexos outros. Certas chagas são como fantasmas que assombram nossa casa mental desde antigas eras ou desde a última encarnação. É o bolor do tempo, são os núcleos do remoso. Mas como lidar com essas angústias não precisas, esse espectro disforme e impreciso que vem do passado não lembrado?

Pelo fato de não termos a lembrança clara de onde elas, as feridas do passado, surgiram, é que a vida nos concede os recursos da atualidade para reescrevermos uma nova história. O esquecimento é estratégia pedagógica para que venhamos a reeditar nossas páginas nas bases dos sentimentos que são muito mais poderosos que qualquer deslize ou derrocada que tenhamos cometido. O otimismo é ferramenta para o desligamento daquilo que nõ foi feliz, seja da atual existencia, seja de outras. Não é cabível congelarmos nossa trajetória em pontos que já passaram. A vida é um processo dinâmico, sempre em movimento, portanto, de permanente aprendizado.

Eu acho o ato do reerguimento dos mais belos que o ser humano realiza. E é dos mais louváveis perante Deus. Cair está dentro das possibilidades humanas mas levantar-se, aprender com os próprios erros e seguir adiante, é próprio, digno de um filho de Deus, um herdeiro do infinito.

Não nos detenhamos nas mazelas que nossa incúria ou inexperiencia desencadeou. Prendamo-nos na sagrada destinaçõ estabelecida pelo Pai para nossas vidas. Corrigir, aprender, promover o bem e seguir, olhos postos no amanhã, a partir dessa plataforma do presente, rica de bençãos e experiencias libertadoras.