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domingo, 7 de novembro de 2010

POEMAS

Perguntam-me sobre a origem dos poemas. Sinceramente, de várias maneiras eles surgem. Pode um perfume desencadear uma onda de recordações ou detonar uma especial emoção. Noutras ocasiões (e foi o caso do "O homem sonha") um filme ou imagem. Assistia a apresentação do grande Yanni na Acrópole, na Grécia, e me envolveu uma grande emoção. O rosto sereno e iluminado do magnífico artista causou-me uma imensa saudade de uma região transcendente. E isto foi o bastante para as palavras fluírem com naturalidade.

Existe em todos nós caminhos poderosos que podem nos fazer desligar da linha média em que nos movimentamos no mundo. E podemos, em alguma nesga de tempo, abrir frestas destes iluminados caminhos e nos surpreendermos conosco mesmo. Penso que esse espaço translúcido pode nos auxiliar a ser mais generosos, compassivos e calmos. Creio, dentro desse raciocínio, que efetivamente existe dentro de nós, em especies de dobras invisíveis, xamãs e poetas, médicos e artistas, cientistas e filosófos. E devemos dar um espaço para que eles se manifestem de vez em quando, enfatizando o quanto podemos construir dentro de nós, desenhando formas admiráveis, derramando melodias superiores, irradiando suaves e santos eflúvios, em aura de intrigante poder.

Não exploramos os inesgotáveis recursos que dormem no fantástico universo que somos. emparedamos nossas forças e apagamos nosso carisma. Ao invés da criatura agradável e segura, espiritualizada e meiga, firme e encantadora, preferimos deixar acontecer o ser humano temeroso e inseguro, insípido e tenso, desnorteado e frágil. Acho que podemos apostar mais no divino que se encontra em nossa natureza. Só teríamos a ganhar. Só precisamos acreditar.

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