CAPACIDADE DE SONHAR

Os pragmáticos dizem que não se deve viver de sonhos. Os racionais afirmam que sonhar é caminhar para a  alienação. O sonho é, no entanto, o molde do que chamamos realidade. Óbvio que não me refiro à sair da realidade, alienar-se do mundo que chamamos real. O sonho a que me reporto como capacidade da alma é aquele que vai esrtruturando os grandes voos, os saltos das realizações. Toda grande descoberta da humanidade ou as maiores realizações do genio humano nasceram de um anseio no território da mente, na subjetividade das emoções, onde, a princípio, ninguem tem acesso, a não ser, nós mesmos.

A capacidade de sonhar não pertence apenas aos poetas e visionários. Empreendedores e cientistas, administradores e filósofos, homens simples do campo e operários, todos trazem, como intrínseco à alma o dom de sonhar, conceber, aspirar, criar... São esses sonhos que nos permitem sair da mediocridade e superar as inibições, obstáculos e paralisia. Os sonhos nos dão a energia para que a estrela das realizações se acenda em nós, como combustível sublime que faz a criatura humana senhora de seu destino de glórias ou desatinos, conforme a direção que damos aos próprios sonhos.

Essa capacidade tambem se responsabiliza pelo aceno da esperança às nossas vidas, não permitindo que nos entreguemos ao abatimento, ao desânimo. Os nobres espíritos nos dizem que que ele, o sonho da alma, produz a quinta essência do futuro, dilatando as perspectivas para a nossa vida. Isso nos dá a consciencia que somos talhados para as mais altas conquistas do espírito, natureza real de todos nós.

São nos momentos sombrios que esse poder de superação de faz visível, quase palpável. Nessa concepção, os sonhos a que me refiro, são feitos de tecido diáfano e resistente, quase translúcido e potente. Parece frágil esse tecido, sendo apenas delicado. Parece apenas sutil e é extremamente denso. Se nosso sonho do bem se faz presente, ele está delineando o amanhã, está consolidando o grande sonho, se fazendo realidade. Pode ter outra denominação. Por exemplo, pode-se chamar META. Não precisamos tentar definir. Eles, os sonhos, são a matéria prima e a força realizadora de nossas vidas, ainda que disso não tenhamos consciencia.