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quinta-feira, 6 de junho de 2013

O AMPLO GESTO DO AMOR

Quando da minha recente ida á Maceió para participar do Mednesp - Congreso da Associação médico espírita do Brasil - tive a oportunidade de conhecer um casal encantador. Fui com um amigo comum, o Carlos, que já me havia falado de sua amizade com o referido casal. Segundo Carlos, num dos momentos mais difíceis de sua vida, há pouco tempo atrás, eles foram um sustentáculo de apoio, muito o auxiliando na superação da crise. Na chegada à capital alagoana, sexta feira pela manhã, fomos diretos para a residencia dos amigos. Lá estavam, nos recebendo, Claudio e Celina.

A história de lutas de ambos daria um belo livro de superação, onde diversas provações, com certeza, deixaram lições imorredouras. A alegria de ambos, a personalidade voluntariosa, dinâmica de Celina e  a calma de Claudio com seu caloroso coração, me impactaram com torrente de felicidade. Na casa ampla, com bom espaço externo, conheci uns quatro filhos do casal. Só quatro pois eles tem 28 filhos atualmente. Sim, 28, sendo que tres são biológicos. Eles adotaram, ao longo dos anos, 25 filhos, alguns deles portando condições especiais. Não é uma creche. É um lar. São filhos, não crianças e jovens de outros pais que eles tomam conta.

Só conhecendo pessoalmente o lar para entender o que eu estou tentando colocar de minha impressão nesta postagem. Peço até desculpas à eles pelo que estou escrevendo. Na singeleza de seus corações, com certeza, não gostariam de qualquer referencia ao que fazem por estas crianças. Imaginem, vinte e cinco filhos transbordando do coração amoroso! Faço o texto para que nos sintamos incentivados aos gestos de amor, de entrega, de abnegação. Não quero dizer que todos devam adotar 25 filhos. Não, óbvio que não. Quero dizer que podemos sempre fazer um pouco mais.

Há muitas crianças necessitando de um lar, de apoio, de amparo. Será que o número dos amparados não poderia ser maior ? Fica um espaço para nossas reflexões em torno da questão. Quem toma a atitude deve-o fazer com o sentimento de desejar amar. Algumas pessoas tem receio de adotar e se decepcionar com a criança adotada lá adiante. Ora, isso pode ocorrer ou não, inclusive com os chamados filhos biológicos. Na verdade, não devemos adotar com este tipo de condição, como se se desejasse ter uma bola de cristal para saber se o filho amparado fosse corresponder às expectativas. Amar e pronto. Esse é um belo ensaio para o amor incondicional, do qual estamos ainda um tanto distantes

Algumas pessoas externam a preocupação se conseguiriam amar com um sentimento semelhante a o amor pelo filho biológico. E respondo que sim. Quem já adotou, sabe que o sentimento que se desenvolve ao longo dos anos é semelhante ( e, em alguns casos, até maior face às ligações profundas do passado ) ao rebento da "própria carne".

E embora esteje utilizando o termo, não gosto da palavra adotado. É filho e pronto. Usei a expressão apenas como elemento de distinção para o entendimento claro da questão. É filho. Não é alguem socorrido pela nossa "caridade". É filho. Só isso. E há muitas almas abandonadas, a espera do nosso amor, da ternura que lhes amenize as agruras e lhe possa permitir chamar alguem de pai ou mãe. O gesto do Claudinho e da Celina me fez pensar na amplitude do amor, na largueza e elasticidade do nosso coração, capaz de gestos largos de entrega. Espero, ansioso, a oportunidade de reve-los. E para mim, espero que suas vidas me sirvam de estímulo para buscar a vivência do amor.

2 comentários:

  1. Bom dia!
    Querido amigo sua observação é bastante clara quando impomos o coração ao serviço do bem. E sei o quanto é maravilhoso se sentir amado, porém não entendo porque este sentimento para alguns ,não são sentidos, veja fui adotada e desde que me conheci por gente que fazem questão de jogar na minha cara que fui adotada eque não tenho direito a nada, pense como me sinto, mas ao se dirigir a ela digo apenas que sou muito grata por te me criado e agradeço todos os dia a ela por isso. Mas me machuca sabem, por que não tive amor de sentimentos paternos e não sei ao certo o que ficou de bom em relação a família. Mas entendo hoje através dos esclarecimento do evangelho, que nada é por acaso. Mas é muito complicado...será que fui tão mal assim? Mas tudo esta certo, aprendi isso.Mas sua reflexão é bem interessante, vamos orar a Pai que lhe dê muitas forças para dar continuidade a este amor.Que jesus seja sua inspiração...um forte abraço de sua amiga ,KIKA.

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  2. Querido Irmão,
    Seu comentário lembrou-me nossa irmã Helena da pousada filhos de Deus, Santo Amaro. Dedicada como uma mãe aos enfermos que lutam contra o câncer.
    São os exemplos que Deus coloca à nossa disposição pa demonstrar que podemos ajudar sim e muito.

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