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quinta-feira, 12 de junho de 2014

O QUE FAZER DA VIDA

Em meus diversos contatos com as pessoas todas as semanas, tenho verificado, comovidamente, o enorme contingente de corações desnorteados, sem entender o que ocorre com suas vidas, sem rumo ou compreensão no que tange ao sentido da vida. Esse estado emocional, infelizmente, abrange não apenas pessoas leigas sobre aspectos espirituais. Religiosos e, dentre, estes, muitos espíritas, vivem a mesma dolorosa realidade.


Detendo-me especificamente sobre estes últimos, reflito na grande importância de intensificarmos o estudo e, sobretudo, a internalização dos conhecimentos vastos proporcionados pelo espiritismo. É comum encontrarmos tarefeiros dedicados da causa  que, diante das injunções infelizes da vida, se desajustam e entregam-se ao desalento, ao desânimo amargo. Em nossa fragilidade, fico indagando de mim mesmo: o que estamos fazendo desse legado luminoso que nos foi entregue pelo Espírito Verdade para nortear nossas vidas? Não estaríamos ainda dentro das concepções mais tradicionais da religiosidade, a  aguardar um bem estar generalizado sem mudanças efetivas dos padrões deteriorados de pensamentos e sentimentos infelizes que habitualmente efetuamos?


Dizem os nossos benfeitores do Mais Alto que, sem transformação efetiva do ser permanecerão as mesmas condições de vida infeliz e empobrecida. A presença constante das doenças, sobretudo as de fundo emocional e psíquicas, como depressão, tristeza excessiva ou síndromes diversas atesta que permanecemos na periferia dos conhecimentos superiores da vida, dos valores mais verdadeiros e profundos da existência que são os espirituais. Ser desta ou daquela denominação religiosa, por si só, não nos condiciona a nos tornarmos uma pessoa mais saudável e feliz. Entrar em determinado segmento religioso não implica em se deixar penetrar por sua espiritualidade. E isso é o que importa. É o que faz a diferença.


Tenho pensado muito na enorme legião de corações, muitos deles com adesão às escolas religiosas, boa parte até espiritista mas que trazem colossal dificuldade para lidar com os problemas existeciais, evidenciando grande superficialidade na própria fé a que se vinculam. E tenho verificado o quanto este olhar se apresenta às minhas reflexões para que faça um vasculhar das minhas próprias fragilidades a fim de consolidar as convicções, aprofundar a fé e estender o entendimento sobre a finalidade da vida. Os desafios precisam ser entendidos dentro da ótica do grande sentido da evolução, a partir da consciencia que precisamos ter sobre o passado que trazemos. Temos, afinal, as lições que ainda carecemos para a jornada.


Comove-me ouvir almas queridas indagar em lágrimas por que nada dá certo em suas vidas, quando elas mesmas já acessaram esta informação de que, em verdade, muitas coisas dão certo só que o que acreditamos estar dando errado pode ser, simplesmente, o aprendizado que precisamos efetuar para que mais coisas se ajustem no caminho. Sem compreendermos que precisamos ajustar as emoções, os pensamentos e atitudes em relação a sublimidade da Lei do Amor, permaneceremos a aguardar um Deus que traz a obrigação de nos atender, distanciando do entendimento de que nós é que necessitamos nos adaptar a harmonia da grande lei.


Nunca foi tão útil e fundamental abrir espaço para o estudo e a propagação da filosofia espírita como recurso abençoado à superação dos problemas, dos desafios e obstáculos. "Filhos de nós mesmos", ou seja, sendo resultado das escolhas que efetuamos em algum momento da jornada, somos, tambem, chave para rever a estrada, reajustar as ações e reestruturar o próprio mundo interior. Da mesma maneira que as ecolhas infelizes produziram as distonias em que se vive, as escolhas felizes do presente tambem trarão respostas equilibradas mais adiante, conforme a sabedoria das leis universais, que o espiritismo nos desdobra ao conhecimento.

Resplandece cada vez mais cintilante o pensamento do grande espírito Emmanuel: "A maior caridade que podemos fazer ao espiritismo é a sua divulgação". Para as dores da humanidade, mais ainda.




3 comentários:

  1. Muito bela e profunda a mensagem querido amigo...

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  2. Realmente, não é fácil manter o equilíbrio das emoções, quando estamos em constante processo de aprendizagem e suscetíveis a vivências que geram questionamentos, desorganizando todo o ser. Mas sabemos que nosso crescimento depende do auto conhecimento e do esforço que fazemos para ajustarmos nossos espíritos ainda tão imperfeitos. Contamos com o Alto para direcionar nossos passos e com pessoas como você para nos ajudar a melhor compreender a vida.

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  3. Reflexao objetiva e necessaria a todos nós.
    Esse texto vai ser de cabeceira para ser lido e relido na medida da necessidade de ajuste das emoções diante dos constantes desafios.

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