Inconteste as grandes transformações que abalam as estruturas da sociedade atual. Algumas delas caracterizam-se como extremamente positivas, tais como os fenômenos espirituais e a reencarnação cada vez mais debatidas por pesquisadores e a mídia do mundo, e os avanços da ciencia. Outras mudanças, ou ensaios destas, provocam tremores sísmicos e polêmicas, como testando a coletividade sobre os rumos a serem tomados. Citamos, entre outras, a chamada nova configuração da família, concernente a homo-afetividade, e a adoção de crianças por estes casais, o debate sobre eutanásia e aborto e os ventos das transformações políticas, seja no Brasil, seja no oriente médio ou no ocidente chamado desenvolvido. É muita coisa para a mente humana. As inquietações aceleram as feridas emocionais e muitos se sentem confusos e perdidos em meio ao turbilhão de acontecimentos. Tudo transcorre em alta velocidade. Parece que não há tempo.
Tem-se verificado o aumento substancial de pessoas submetidas à depressão, à sindrome do pânico, `\a angústia, demonstrando a insegurança íntima e temores. A fé tradicional parece já não sustentar, em boa parte de seus seguidores, o equilíbrio entre eles. Não que essas religiões não sejam importantes. Continuam sendo, inclusive, para estes que se sentem perdidos. Sem elas, estariam, possivelmente, mais fragilizados. Ou seja, a sociedade se sente desafiada por novos aspectos da vida.
O confronto entre o arcaico e o que desponta nos horizontes da vida humana inquieta os corações. Nem tudo que parece ser novo deve ser incorporado aos valores da vida. E não será. Outras questões serão incorporadas as experiencias da civilização. Sociedade mais madura nascerá dessas feridas expostas, dessas agruras persistentes e incisivas que deixam um rastro, muitas vezes, de dor e temores. É um parto. De grandes e maravilhosas proporções.
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